Witzel se diz vítima de “circo” e Bolsonaro ri do governador afastado

Em pronunciamento feito na manhã desta sexta-feira (28), no Palácio das Laranjeiras, o governador afastado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), Wilson Witzel, afirmou que está sendo vítima de perseguição de pessoas poderosas e fez ataques à Procuradoria-Geral da República, pedindo investigação de um suposto “uso político” da instituição.

Segundo Witzel, ele e outros governadores do estado do Rio estão e foram vítimas de uso político e que isso precisa ser investigado. “O Superior Tribunal de Justiça possui vários subprocuradores. Por que não se faz, como em qualquer outro Ministério Público, a distribuição e não o direcionamento para um determinado procurador: no cado a Dra. Lindora [Maria Araújo, que chefia a Lava Jato na PGR). E a imprensa já noticiou o seu relacionamento próximo com a família Bolsonaro”, disse Witzel.

Witzel chamou ainda o ex-secretário de Saúde, Edmar Santos, de vagabundo e afirmou que ele mentiu nas delações premiadas. “Edmar nos enganou a todos. Um tenente-coronel da Polícia Militar, professor da Uerj, ex-diretor do Pedro Ernesto. Esse vagabundo entra na saúde do Rio de Janeiro quando eu avisei que não toleraria corrupção e não tolero corrupção. Tentou ludibriar a todos nós”, ressaltou.

O presidente Jair Bolsonaro riu do seu desafeto político após ele ter sido afastado por seis meses pelo STJ. Ao deixar a residência oficial nesta sexta e passar pelo cercado onde ficam os apoiadores, Bolsonaro foi chamado por um homem que disse “Rio de Janeiro”. O presidente parou e disse que a situação “está pegando” no estado.