A prefeitura de Volta Redonda vai intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, zika e hikungunya. O resultado do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) realizado durante o mês de outubro serviu como base para definir as prioridades.
De acordo com balanço da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), até o momento foram notificados 531 casos suspeitos de dengue no município; desse total, 273 foram confirmados, 210 descartados e outros 48 considerados inconclusivos.
Entre os principais criadouros identificados no levantamento realizado pela Vigilância Ambiental estão os depósitos móveis, que são encontrados dentro de casa, em jardins e quintais domiciliares – e que incluem pratos de vasos de plantas e bebedouros de animais, entre outros.
Os bairros Jardim Amália, Jardim Normândia, São Geraldo, Colina, Jardim Tancredo Neves, Monte Castelo, Morada da Colina, São João, Centro e Laranjal – que apresentaram maior quantidade de criadouros do mosquito – serão os primeiros a receber os agentes de endemia da Vigilância Ambiental, da Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Ambiental, Janaína Soledad, o resultado do último LIRAa classifica o município como área de médio risco para as doenças transmitidas pelo mosquito, com índice de 2,7% de infestação.
“Tivemos um ligeiro aumento nos números, contudo ainda dentro da classificação de médio risco, considerando que estamos em uma época de maior densidade de chuvas e temperaturas mais elevadas, o que favorece a proliferação do mosquito. Isso só reforça a necessidade de estarmos sempre em alerta para a eliminação dos possíveis criadouros, visando evitar o aumento do número de casos de doenças transmitidas pelo Aedes durante o verão”, explicou Janaína.
Os agentes de endemias da Vigilância Ambiental farão vistorias domiciliares e conscientização dos moradores em relação aos cuidados nas residências, reforçando o combate ao mosquito pelos bairros que apresentaram maior índice de infestação no LIRAa. As ações de controle contarão ainda com a participação e apoio dos CRAS e Unidades de Saúde do município
Dicas de prevenção e combate ao Aedes aegypti
Entre as medidas que a população pode tomar para evitar a presença do mosquito transmissor estão: limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia (a orientação, agora, é pela retirada dos pratinhos); limpar com escova ou bucha os potes de água para animais; deixar as garrafas sempre viradas com a boca para baixo e cobrir os pneus; não esquecer da limpeza em calhas, piscinas e ralos; e evitar acúmulo de água em plantas como as bromélias.
Proliferação
A maneira mais eficaz de combater o Aedes aegypti é a vistoria semanal nas residências para quebrar o ciclo de vida do mosquito. O período quente e úmido, que intercala as chuvas com dias de altas temperaturas, faz o Aedes se reproduzir com maior intensidade. O tempo de eclosão dos ovos varia entre sete e dez dias; por isso, a eliminação semanal de possíveis criadouros ajuda a interromper o ciclo de vida dos mosquitos, impedindo que se tornem adultos transmissores da dengue, zika e chikungunya.