A Câmara de Dirigentes Lojistas de Volta Redonda (CDL-VR) informou na tarde desta segunda-feira (14) que foi surpreendida, assim como as demais entidades empresariais, pelo Decreto Municipal 16.422/2020, que traz novas medidas restritivas para Volta Redonda.
Segundo a CDL-VR, o governo municipal mais uma vez não ouviu as entidades que representam os setores envolvidos, reduzindo o horário de funcionamento dos bares e restaurantes, limitando até às 20h, apesar desses estabelecimentos estarem cumprindo as medidas sanitárias de prevenção a Covid-19.
A CDL-VR lembrou ainda que esse é um segmento, no qual, a maioria trabalha com reservas, que respeita o limite de mesas, o distanciamento social e que cumpre o horário já previsto. De acordo com a entidade ressaltou que, ao invés de fiscalizar e punir quem descumpre as medidas, o Poder Público puniu a todos, incluindo quem segue rigorosamente todas as medidas.
Segundo o comunicado, as entidades são a favor de reforçar a fiscalização, manter as medidas preventivas, de ampliar o horário do comércio, como foi feito na capital carioca, para evitar aglomerações, no caso dos segmentos de varejo, e de não proibir restaurantes e bares de fecharem antes de meia-noite, uma vez que esses estabelecimentos têm em sua maioria o atendimento voltado para o serviço de jantar. Ressaltam ainda que depois de quase 80 dias fechados, muitos ainda lutam para superar os prejuízos provocados pela pandemia, além de se readaptarem com novos cardápios, redução no número de clientes e implementação do sistema de delivery. Para as entidades, existem saídas para o funcionamento do comércio em geral, que podem ajudar a salvar vidas e empregos, e que evitam num mês importante para todos os setores, o fechamento de tantos segmentos que movimentam a economia.
Para a CDL de Volta Redonda, o consenso será sempre mais eficiente, trazendo mais segurança, e o melhor caminho é o diálogo.
“A CDL desde o início sempre investiu em campanhas de conscientização, orientou seus associados, prezou pela prevenção e por um horário mais flexível, que ajuda a evitar aglomerações. E sempre foi contrária ao fechamento do comércio. Sempre estivemos dispostos a conversar e apresentamos propostas discutidas com várias outras entidades, mas não fomos ouvidos. Mais uma vez fomos surpreendidos, infelizmente, e continuamos discordando dessas decisões unilaterais “, afirmou Gilson de Castro, presidente da CDL de Volts Redonda.