A prefeitura de Volta Redonda, com o apoio da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e a Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda, está fazendo o cadastramento das famílias que, na semana passada, foram desalojadas de um terreno que pertenceu à Fábrica de Cimento Tupi, localizado nos limites de Volta Redonda e Barra Mansa. O cadastro tem a finalidade de identificar o número exato de famílias que não têm onde morar, pois há divergências nas informações fornecidas pelos próprios sem-teto.
Desde que foram obrigados pela Justiça a desocupar o terreno onde se encontravam há cerca de seis meses, parte das famílias – cerca de 200 – está acampada na Praça Sávio Gama, em frente ao Palácio 17 de Julho. Na segunda-feira (31), o bispo Dom Luiz Henrique da Silva Brito se reuniu com o prefeito Antônio Francisco Neto em busca de uma estratégia para ajudar as famílias. Elas alegam não ter condições sequer de pagar aluguel devido à crise financeira agravada pela pandemia de Covid-19, que fez muitos perderem seus empregos.
Os sem-teto estão sendo acompanhados também por membros das comunidades Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora das Graças. Já o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), está prestando assistência, tendo disponibilizado para eles o uso do banheiro da entidade, cuja sede fica na Rua Luiz Alves Pereira. O local é próximo da praça da prefeitura.
Representantes das famílias informaram que estão adaptando uma cozinha para preparar as refeições e, por isso, consideram melhor a doação de alimentos em vez de refeições já prontas, pois conseguem administrar melhor a quantidade.
Com o cadastro, a prefeitura pretende tentar incluir os sem-teto em programas sociais.