Volta Redonda chegou nesta quarta-feira (18) a 41,7% da cobertura vacinal referente à segunda dose de vacina contra a Covid-19 na população acima de 18 anos, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O percentual é um dos melhores da região Sul Fluminense no comparativo entre as maiores cidades, mas o levantamento ainda aponta que a cobertura vacinal de primeiras doses é de 85% no mesmo público.
Tanto na primeira dose quanto na segunda, Volta Redonda mantém índices mais elevados que a média nacional. No entanto, com a pandemia ainda em andamento e a circulação de variantes, a situação exige que a cidade receba mais vacinas e atinja o mais rápido possível o total de cidadãos vacinados. “Essa é sem dúvida a situação que mais tira o sono da gente. Já mostramos por diversas vezes que Volta Redonda tem uma ampla e ágil capacidade de vacinação. Nós precisamos apenas que as vacinas cheguem. Reconhecemos todos os esforços de todas as pessoas envolvidas, mas é nossa obrigação cobrar junto com a população que ainda aguarda a sua dose”, disse o prefeito Antonio Francisco Neto.
Segundo a SMS, nessa terça-feira (17), o município atingiu 90.390 segundas doses já aplicadas. O número inclui também a dose única da vacina Janssen. Ou seja, mais de 90 mil moradores completaram o ciclo de imunização contra o novo coronavírus. O coordenador da Vigilância em Saúde de Volta Redonda, médico sanitarista Carlos Vasconcellos, destaca que na população acima de 65 anos, o município tem mais de 90% de cobertura vacinal.
Cobertura vacinal geral
A população de Volta Redonda é estimada em 273.988, de acordo com o último dado do IBGE. A secretaria de Saúde destaca que mais de 170 mil pessoas já receberam ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19, o que corresponde a 63% da população geral estimada.
Segundo dados divulgados nesta terça-feira, o Brasil chegou a 55,58% da população vacinada com pelo menos uma dose de vacina contra a Covid-19. No entanto, apenas 24,36% dos brasileiros estão totalmente imunizados, seja com a segunda dose das vacinas CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer, seja com a dose única da Janssen. Ou seja, é notório que Volta Redonda guarda bons índices de vacinação, assim como há uma necessidade geral de que mais vacinas sejam distribuídas.
Intercambialidade de vacina
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) recomendou o uso da vacina Pfizer/BioNTech para segunda dose, em substituição a vacina AstraZeneca, no caso de falta dessa vacina para completar o esquema vacinal de quem recebeu a primeira dose.
Todos os 92 municípios do estado do Rio de Janeiro receberam uma nota técnica com recomendações da intercambialidade de vacinas com o uso da Pfizer como segunda dose para suprir a falta da segunda dose de AstraZeneca não altera a proteção do usuário, conforme destaca o coordenador da Vigilância em Saúde de Volta Redonda.
“O fornecimento da vacina AstraZeneca pelo Ministério da Saúde se apresenta de forma irregular e em remessas muito menores para completar o esquema vacinal das pessoas vacinadas com a primeira dose. A segunda dose é para ser aplicada em até 12 semanas, caso não tenha essa vacina disponível podemos aplicar a segunda dose da vacina Pfizer. A prática da intercambialidade de vacinas da Covid-19 foi autorizada pela secretaria estadual de Saúde e se torna necessária visto a transmissão comunitária da variante Delta presente na capital e no estado. A segunda dose de reforço para completar o esquema vacinal é fundamental para prevenção das formas graves da Covid-19”, disse Vasconcellos.