O Volta Redonda conseguiu um empate com a Portuguesa, em 1 a 1, na noite deste domingo (18), no Estádio Raulino de Oliveira, pela 9ª rodada do Campeonato Carioca. Depois de dominar todo o primeiro tempo, o time sofreu um gol em cobrança de pênalti e, quando a derrota parecia consumada, conseguiu empatar no último lance da partida, aos 53 minutos.
A partida marcou a reestreia de Rogério Corrêa no comando da equipe. Mas que fique claro: o empate com sabor de vitória não esconde as deficiências da equipe, sobretudo ofensivas. O time não corre risco de rebaixamento, devido à desastrosa campanha do Audax, mas é o pior desempenho do Tricolor de Aço nos últimos anos no Estadual.
A equipe deu a falsa impressão de que chegaria à vitória até com certa facilidade, tal o domínio que teve nos primeiros 25 minutos de jogo. No entanto, a falta de objetividade do ataque mais uma vez custou caro à equipe, que viu a Portuguesa abrir o placar no início da etapa final, de pênalti. Para piorar jogou com um a menos a partir dos 18 minutos da etapa final.
Mais: o time parece estar com os nervos à flor da pele. Tanto que, a poucos minutos do fim da partida, Rogério Corrêa também acabou sendo expulso. Ele já tinha sido advertido pela arbitragem.
O Voltaço entra em campo novamente no próximo sábado (24), contra o Vasco, no Estádio Kleber Andrade, em Vitória (ES). Mais cedo, também neste domingo, o Vasco derrotou o Botafogo por 4 a 2 no Estádio Nilton Santos. O Voltaço fecha sua participação no dia 3 de março, no Raulino de Oliveira, contra o Nova Iguaçu.
Melhor – No primeiro tempo o Volta Redonda teve o domínio absoluto da partida, sobretudo até o momento da parada técnica. Com mais disposição, o time conseguiu chegar com chances de abrir o placar pelo menos duas vezes – melhor com Ítalo, que o goleiro Dida desviou.
Todavia, depois dos 25 minutos, a Portuguesa – que disputou toda etapa inicial sem esconder que buscava assegurar ao menos o empate – se fechou ainda mais, recorrendo a seguidas faltas, deixando o jogo ainda mais truncado. A Lusa, por sinal, é a equipe com mais faltas cometidas na competição até agora – uma média de 24 por partida e com dois de seus jogadores entre os que mais cometeram faltas no campeonato.
Gol salvador – No reinício da partida, a Portuguesa partiu para o ataque e acabou saindo na frente com um gol de pênalti. A arbitragem marcou falta do goleiro Paulo Henrique no atacante Patrick dentro da área (o jogo não teve VAR). O próprio camisa 9 cobrou bem, no alto, sem chances para o goleiro e fez 1 a 0.
Aos 12, o Voltaço quase empatou. Num erro da defesa da Lusa, Lucas Oliveira roubou a bola na entrada da área e chutou forte, mas o goleiro Dida fez grande defesa.
O que começou ruim piorou na etapa final com a expulsão do zagueiro Augusto, aos 18 minutos. Já advertido com o amarelo no primeiro tempo, ele recebeu o vermelho ao segurar Hernane Brocador numa saída em contra-ataque da Portuguesa, deixando o time com um a menos. A expulsão ocorreu logo depois de o técnico Rogério Corrêa colocar o atacante Cristiano no lugar do meia Thiago Alagoano, tentando dar mais ofensividade ao time.
Com isso, o treinador decidiu mexer novamente no time. Aos 24, fez logo três novas substituições. Entraram Júlio César, Marco Gabriel e Léo Silva. Saíram, respectivamente, Lucas Oliveira, Henrique Silva e Ítalo.
As mudanças não surtiram grande efeito. Mesmo com um jogador a mais, a Portuguesa se manteve fechada, dominando o Volta Redonda, apesar deste continuar tendo mais posse de bola.
Aos 46, o Voltaço até poderia ter empatado, num lance em que a bola cruzou toda a área da Portuguesa, mas Wellington Silva, entrando nas costas de Pará, não conseguiu finalizar para o gol.
Quando parecia que a segunda derrota consecutiva no Raulino iria se consumar, o time conseguiu empatar após cobrança de escanteio, em que Cristiano, de cabeça, mandou para o fundo da rede.
Foi justo para o Volta Redonda, que, mesmo sem jogar bem, se esforçou em busca do resultado. E foi um merecido castigo para a Lusa que, em vantagem, abdicou de tentar consolidar a vitória. (Foto: Raphael Torres)