VR tem aumento de 35% nas ocorrências de queimadas
O número de queimadas atendidas pelo Corpo de Bombeiros este ano, em Volta Redonda, já supera em 35% o total combatido na seca do ano passado. O mais preocupante é que o período de maior incidência – agosto e início de setembro – ainda está por vir.
Segundo dados divulgados pela prefeitura de Volta Redonda nesta quarta-feira (27), de março a julho do ano passado foram 76 ocorrências, enquanto este ano, até a terça-feira (26), já tinham sido contabilizados 96.
Para promover a redução das queimadas, cuja fumaça piora substancialmente a qualidade do ar, a prefeitura estreitou ações conjuntas com os bombeiros, a fim de promover campanhas de conscientização. A maioria dos incêndios é causada pela ação humana – cerca de 90%, segundo os bombeiros. Outros fatores são ventos fortes (acima de 30 km/h), temperatura acima de 30ºC e umidade relativa do ar abaixo de 30%.
E não é só a população que sofre os efeitos das queimadas. Os animais são, quase sempre, as principais vítimas. Muitos acabam morrendo.
Segundo o coordenador do Zoológico de Volta Redonda, Jadiel Teixeira, animais feridos em incêndios em toda a região Sul Fluminense que os bombeiros conseguem resgatar, são tratados e, se possível, ganham a liberdade novamente. No ano passado, foram oito encaminhados ao zoo.
“Este ano as queimadas começaram um pouco mais cedo, já que o período de maior incidência geralmente é em setembro. Quando esses incêndios ocorrem, animais como os roedores e répteis são os mais ameaçados. Nos últimos dias, recebemos uma paca que ficou muito ferida e teve 30% do corpo queimado pelas chamas. Fizemos o tratamento indicado, mas, infelizmente, ela morreu”, lamentou Jadiel.
Na tentativa de conscientização, o 22° GBM (Grupamento de Bombeiro Militar) participou de uma ação social no Dia Mundial do Meio Ambiente, realizada em parceria com o Zoológico Municipal, que difundiu a prevenção às queimadas e a preservação do meio ambiente junto aos frequentadores.
Já o Projeto Bombeiro Mirim, realizado em parceria entre bombeiros e prefeitura, promove diversas instruções e atividades de prevenção aos incêndios florestais, o que contribui para a minimizar as ocorrências.
Atear fogo em vegetação é considerado crime ambiental, com pena de três a seis anos de prisão e multa. (Foto: Arquivo)