O dia 29 de agosto marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Este ano, a data é marcada pela campanha “Tabagismo: os danos para a gestante e para o bebê”. Em Volta Redonda, ao longo deste mês, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Setor de Controle do Tabagismo, intensificou a sensibilização da população em relação aos malefícios do fumo, incluindo ações em unidades de saúde da Atenção Primária.
A coordenadora do Programa de Controle ao Tabagismo da SMS, Ana Lúcia Quaresma, realizou nesta quinta-feira uma roda de conversa com pacientes da Policlínica da Mulher, no bairro Aterrado. Segundo a coordenadora, o objetivo é que as grávidas se conscientizem sobre as consequências do fumo durante o período gestacional.
“O foco está sendo voltado para a gestante e, principalmente, às mães que amamentam com o bebê no colo e que têm outros filhos ao seu redor. Quando a pessoa é fumante ativa, que traga a fumaça, ou fumante passiva, que inala, aquelas 4.730 substâncias contidas nessa fumaça entram no pulmão e passam para o sangue, e esse sangue é que vai nutrir todas as células do nosso corpo, inclusive passa pelo cordão umbilical, vai à placenta e até o bebê. Essas crianças podem nascer prematuras, com baixo peso, ou podem ter algum problema respiratório ao nascer”, disse.
Ela acrescentou que será feito um levantamento de quantas gestantes ?– das cerca de 430 atendidas pela policlínica ?– são fumantes ou que convivam com quem fuma. A coordenadora afirma também que, para cada indivíduo que consegue deixar de fumar, em média cinco a dez pessoas deixam de adoecer por conta do tabagismo passivo.
“É o problema do infarto, do AVC, do câncer de pulmão, de esôfago, de estômago, de próstata, de mama, de colo de útero. Com tudo isso, o tabagismo colabora para piora do quadro clínico da pessoa. E a nossa missão é essa: alertar e orientar sobre os danos e os perigos do consumo do cigarro e derivados”.
A secretária municipal de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha, também falou sobre a importância da conscientização junto à população para orientar quanto à prevenção e o tratamento. “Esse trabalho com a população, e neste ano em especial com as gestantes, se soma à sensibilização dos profissionais da rede municipal, o que acontece regularmente, ampliando as ações preventivas e o tratamento contra o tabagismo. Estamos sempre buscando melhorias para reduzir os malefícios provocados pelo fumo”.
Programa – Em Volta Redonda, o Programa de Controle ao Tabagismo implementa ações de prevenção e tratamento dos pacientes dependentes do tabaco. Na parte preventiva, o objetivo é divulgar ao máximo as informações à população. “É sensibilizar os fumantes para que eles entendam que o cigarro, na vida deles, além de trazer danos à sua saúde, simplesmente faz um rombo no orçamento familiar. E chegar até as nossas crianças e os nossos jovens de uma maneira preventiva, a nível do saber-saúde na escola, para que eles não tenham acesso ao primeiro cigarro”, diz Ana Lúcia.
O programa funciona em 25 unidades da Atenção Primária à Saúde, com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos. De acordo com o setor de Controle do Tabagismo, a meta é chegar a todas as unidades até o fim do ano, oferecendo também o tratamento àqueles que querem parar de fumar.
“Quem quer parar de fumar pode procurar ajuda na rede pública. Primeiro a pessoa tem que ter em mãos o documento de identidade, uma cópia do comprovante de residência e o cartão SUS (Sistema Único de Saúde); se dirigir à unidade de saúde de referência do bairro e informar que deseja parar de fumar”, explicou Ana Lucia. (Foto: Divulgação / Cris Oliveira)