Foi adiado o julgamento que estava marcado para esta terça-feira, a partir das 14 horas, no Fórum de Barra do Piraí, de Cristiane Laport e Carlos Ramon Manoel, respectivamente mãe e padrasto da menina Julia Laport, de 10 anos, cujos restos mortais foram encontrados em uma mala, em janeiro deste ano, no distrito de Ipiabas. O motivo do adiamento foi por falta de testemunhas que são fundamentais para o andamento do processo, segundo determinação da Justiça. O júri popular aconteceria na 2ª Vara Criminal e agora será realizado no dia 25 de setembro.
A mãe responde por abandono, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ramon foi denunciado por ocultação de cadáver. Cristiane nega ter matado a filha. Ela disse que a menina – que sofria de Síndrome de West, doença que causa crises de epilepsia e dificuldades de locomoção – teria morrido enquanto dormia, escondendo o corpo porque temia a reação do pai da criança, Anderson Quintanilha.
A ossada de Julia foi encontrada depois que uma tia procurou a polícia, desconfiada das desculpas que a mãe lhe dava para não a deixar se encontrar com a menina. A suspeita é que Julia tenha sido morta seis meses antes da localização dos restos mortais.
O corpo de Júlia foi enterrado sete meses depois de ser encontrado. O IML informou que o laudo do perito foi emitido antes de sair o resultado do exame de DNA que comprovou que a vítima era Júlia.
O sepultamento de Julia foi realizado nesta segunda-feira, no Recanto da Paz, em Barra do Piraí, depois que o pai conseguiu que a Justiça autorizasse sua identificação, pois, até então, ela constava como indigente na certidão de óbito, apesar de um exame de DNA ter confirmado sua identidade. (Foto: Reprodução Facebook)