O homem de 36 anos suspeito de matar a companheira Rosely de Lima Ferreira Dutra, de 29, na madrugada do domingo (9), teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. A medida foi determinada pelo juiz Marco Aurélio da Silva Adania, em audiência de custódia realizada no início da tarde desta terça-feira (11) na Cadeia Pública de Volta Redonda.
Assistido por um defensor público, o suspeito – que nega o crime – teve negado o pedido de relaxamento da prisão e de liberdade provisória. “Não se verifica qualquer ilegalidade ou irregularidade na lavratura do auto de prisão em flagrante, razão pela qual o caso não comporta relaxamento da prisão”, entendeu o magistrado. “No mais, mostra-se imperiosa a decretação da prisão preventiva do flagranteado, uma vez que estão presentes os pressupostos da prisão preventiva previstos no artigo 312, do Código de Processo Penal.
Com efeito, a prisão preventiva se justifica para garantir a ordem pública, para a conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da Lei Penal, havendo elementos informativos que demonstram a existência do delito descrito nos autos e indícios suficientes de autoria por parte do flagranteado (vide depoimentos colhidos em sede policial)”, acrescentou Adania.
Embora o suspeito não tenha antecedentes criminais, o magistrado levou em conta a gravidade do caso, por se tratar de suspeita de feminicídio. “Além disso, o custodiado sempre apresentou comportamento violento contra a vítima Rosely, o que fora relatado por diversas testemunhas que eram amigas da vítima (…)”, pontuou o juiz, destacando que a versão apresentada pelo suspeito – de que a vítima morreu ao cair da própria altura quando empurrava o carro dele, que estava enguiçado – não condiz com o exame cadavérico.
O laudo da necropsia apontou “edema pulmonar bilateral, com hemorragias pulmonares, compatível como asfixia” como causa da morte de Rosely. (Foto: Cedida pelo Foco Regional)