Um jovem de 18 anos que deu entrada no Hospital Municipal São Francisco de Assis, em Porto Real, na noite da quarta-feira (16), está sob custódia policial. Transferido para o Hospital de Emergência de Resende nesta quinta-feira (17), devido à gravidade do ferimento, ele é suspeito de envolvimento no assassinato de Márcio Rodrigues de Souza, de 31 anos, também na noite da quarta-feira, na Vila Maria, em Barra Mansa. O suspeito foi preso em flagrante.
O rapaz chegou ao hospital, segundo apurou a Polícia Militar, levado por uma jovem de 25 anos, que disse ser motorista de aplicativo. Ela contou que ele pediu socorro na Via Dutra quando ela seguia de Barra Mansa para Resende.
De acordo com o delegado de Barra Mansa, Michel Floroschk, o suspeito estava com ao menos outras duas pessoas em um Hyundai Creta cinza encontrado ainda na noite do crime e, “por alguma desavença entre elas, o rapaz acabou baleado”. O carro foi encontrado ainda na noite da quarta-feira num recuo da pista sentido São Paulo da Via Dutra, no km 282, com marcas de tiros e manchas de sangue. Floroschk informou que a Polícia Civil obteve imagens do Creta sendo abastecido num posto de combustíveis e também na Vila Maria.
O Creta foi localizado pela Polícia Rodoviária Federal depois que um motorista parou no posto policial do km 287, em Floriano, contando que um jovem ferido havia tentado abrir a porta do seu carro, quando ele parou no acostamento para atender o celular. Assustado, ele arrancou com o carro e foi até o posto policial.
A PRF constatou que o Creta foi roubado no dia 27 de janeiro deste ano, na cidade do Rio de Janeiro. O carro apresenta várias perfurações na porta traseira da direita e marcas de sangue no assoalho. Em seu interior foram achados dois cartuchos de munição de pistola deflagrados, touca ninja, boné e um chapéu de pescador camuflado.
O suspeito que está sob custódia e, ainda no hospital de Porto Real, exerceu seu direito de permanecer em silêncio. Um parente de Márcio reconheceu por foto o suspeito hospitalizado, assim como um casaco e o chapéu encontrados dentro do Creta, que estavam sendo usados pelo assassino.
Ainda de acordo com o delegado Michel Florosch, há indícios de que Márcio pode ter sido morto por engano, pois não tinha antecedentes criminais e foi descrito como uma “pessoa boa e trabalhadora”. Um primo dele, que a polícia acredita que era o alvo dos criminosos, teria envolvimento com o tráfico. Em depoimento, este primo – que saiu da cadeia faz cinco meses – disse que, desde então, não se envolveu mais com o tráfico. Afirmou também que não estava sendo ameaçado e que não sabe por que aturaram em Márcio. (Foto: PRF)