O comediante Diego Farias Pinto, o Bunitinho, foi sepultado aos gritos do bordão “sextou”, que o deixou famoso. Centenas de pessoas se despediram do humorista no cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, Zona Oeste do Rio, às 18h desta sexta-feira (6). Ele foi morto durante operação do Bope, no Morro do Dendê, quando saia da comunidade dentro de um carro.
A perícia realizada no carro onde Diego Bunitinho e mais dois ocupantes foram mortos na madrugada da quinta-feira (5), apontou que nenhum dos ocupantes estavam armados no momento em que foram baleados. Quatro pessoas morreram no total durante operação do Bope.
Duas vítimas eram empresários da webcelebridade. São elas: Jorge Tadeu Sampaio e Jocelino de Oliveira Júnior. O terceiro morto é Sidney Antunes Figueiredo, de 36 anos, amigo de Bunitinho, que estava numa moto. Todos foram socorridos e levados ao Hospital Municipal Evandro Freire, mas não resistiram aos ferimentos provocados por tiros de grosso calibre.
Jorge Tadeu foi sepultado também nesta sexta, a 100 metros de Bunitinho. Ele faria aniversário no próximo dia 12 e deixou uma filha de 1 ano.
Os policiais militares do Bope envolvidos na ação prestaram depoimento na sede da especializada e não apresentaram nenhuma arma. Eles afirmaram que o carro ficou no meio de um tiroteio entre os agentes e traficantes da favela, que estariam na parte alta do Morro do Dendê, segundo os relatos dos policiais. Os fuzis usados pelos PMs já foram recolhidos para perícia.
A Perícia verificou entretanto, que os tiros foram realizados a curta distância. As investigações continuam.
Os quatro mortos, estariam em uma festa no Morro do Dendê momento antes do ocorrido. A festividade seria uma comemoração pelo aniversário de Marco Vinícius dos Santos, o Chapola, chefe do tráfico na região.
Bunitinho era deficiente mental e tinha espírito de criança, dizem os amigos. Há dois anos, se tornou conhecido nas redes sociais, e passou a lucrar com presenças em festas em geral. Ele ganhava cerca de R$ 1,5 mil a 2 mil por presença.
De família pobre, Bunitinho passava pelo seu melhor momento, quando, finalmente, após anos invisível para boa parte da sociedade, passou a ser valorizado pelo que ele era.