A prefeita interina de Barra Mansa, Fátima Lima, percorreu nesta sexta-feira (24) todos os setores do Centro Administrativo para acompanhar a prática de atividades de cada secretaria. O objetivo das visitas foi se inteirar dos trabalhos desenvolvidos e dar continuidade nas ações, principalmente nas de controle a pandemia da Covid-19.
Fátima salientou que a prefeitura deve trabalhar como uma engrenagem, onde todos os setores se encontrem e desenvolvam ações que beneficiem o município. “A prefeitura é como um corpo humano, se uma parte estiver ferida, todas as demais sentem a fragilidade. Por isso a importância de estarmos alinhados e inseridos nos projetos para oferecer o melhor a Barra Mansa”, disse a prefeita interina.
Em relação à pandemia Fátima citou. “Temos que ter fé que esse momento irá passar. Deus é maior que esse vírus. O trabalho dos nossos secretários e demais funcionários estão ajudando no controle desse momento. É gratificante ver o empenho de cada um e contamos com esse comprometimento e parceria”.
A prefeita interina ainda continuou. “Infelizmente perdemos 37 vidas para esse vírus. Nada que façamos irá reparar isso, mas estamos trabalhando para que mais pessoas não passem por isso. Temos plena ciência de que este é um momento turbulento que exige sobriedade para lidar. Nossa administração não vai parar e enquanto tivermos forças nas mãos iremos lutar para servir o município da melhor forma possível”, finalizou Fátima.
Fátima comenta sobre sobre o Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha
Neste sábado (25), é celebrado o Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha. A prefeita em exercício de Barra Mansa, Fátima Lima, comentou sobre a data. Disse que ao longo da história as mulheres negras estão transpondo os desafios e deixando as suas marcas.
– Ainda há muita luta pela frente, mas se olharmos um passado recente, os avanços são perceptíveis. As mulheres negras estão na base piramidal da sociedade e para reparar as desigualdades sociais foram e ainda são necessárias a implementação de políticas públicas voltadas à promoção da equidade. É uma ação afirmativa que possibilita concretizar o preceito constitucional de igualdade de direitos e de oportunidades para todos os cidadãos – disse.
Fátima Lima rememorou a história de algumas mulheres negras que deram sua contribuição, seu trabalho e até a vida para que a gritante desigualdade social e o preconceito ganhassem visibilidade. “Não é um lamento pelas condições que nos afligem, mas um, reconhecimento, por exemplo, da luta de Tereza de Benguela, líder quilombola que viveu no atual Estado de Mato Grosso do Sul durante o século 18. Sob sua liderança, a comunidade negra e indígena do Quilombo do Quaritetê resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho e a comunidade morta ou aprisionada”, destacou.
A prefeita em exercício enfatizou que diante da miscigenação existente no Brasil e o forte preconceito étnico-racial ainda existente, foram necessárias as criações de leis, como a de cotas nas universidades e a de criminalização do racismo. Para ela, a educação é o instrumento capaz e eficaz de promover as mudanças tão almejadas não somente pelas mulheres, mas pela população negra. “As pessoas precisam ser enxergadas além da cor da pele, da sexualidade e de outras escolhas pessoais. Precisam se encaradas como seres humanos. Penso que a educação é o caminho para trabalharmos essas questões”.
À frente do Executivo há cerca de duas semanas, Fátima Lima, afirmou que a situação atual é delicada, mas que acreditava que se estava ali, era para vencer mais este desafio.
– Quando criança, no interior de Minas Gerais, andava a pé e descalça quilômetros de distância para chegar até a escola. Eu enfrentei o frio. Me lembro de sentir os pés gelados e ainda assim, ter forças para atingir meus objetivos, que naquele momento era estudar. Tenho um grande orgulho de ser professora de carreira do município e do Estado e reconhecer que em toda a minha trajetória de vida o Senhor sempre esteve presente, assim como a minha família. Neste momento, só posso dizer que Deus sempre me ajudou e que estou aqui por Barra Mansa – concluiu.