A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (25) a operação Segurança Legal IV, em todas as suas unidades no país, com a finalidade de identificar empresas de segurança privada clandestinas. Cerca de 590 policiais federais estão nas ruas. A operação está sendo realizada durante este dia em todas as 27 capitais e nas 95 unidades descentralizadas da Polícia Federal no país. Na região, a ação acontece em Volta Redonda e Angra dos Reis e visa encerrar a atividade de empresas que executam segurança privada sem autorização da Polícia Federal. Está prevista a fiscalização de 565 estabelecimentos, entre casas noturnas, comércios, condomínios e outros.
Desde 2017, a Polícia Federal vem realizado essa operação de âmbito nacional. A delegada Denise Vargas Tenório, chefe da Divisão de Controle e Fiscalização de Segurança Privada da PF, afirma que a contratação de serviços clandestinos de segurança privada coloca em risco a integridade física de pessoas e o patrimônio dos contratantes, já que os “seguranças” clandestinos não se submetem ao controle da Polícia Federal quanto aos seus antecedentes criminais, formação, aptidão física e psicológica. Além disso, as empresas clandestinas não observam os requisitos mínimos de funcionamento previstos na legislação. No Brasil, somente empresas de segurança privada autorizadas pela Polícia Federal podem prestar serviços e contratar vigilantes.
“As empresas que não possuem esta autorização devem ser fiscalizadas e encerradas. As empresas que prestam serviços de vigilância patrimonial, segurança pessoal, escolta armada, transporte de valores e curso de formação de vigilantes precisam de autorização da Polícia Federal. A segurança clandestina acaba gerando uma série de prejuízos à sociedade”, disse, acrescentando ser esta a maior operação desde 2017. No primeiro ano foram realizadas 350 fiscalizações. No ano seguinte foram 247. Em 2019 foram duas etapas da operação, com 762 empresas fiscalizadas.
Segundo a delega, em relação aos vigilantes, estes profissionais precisam passar por reciclagem a cada dois anos. “Daí a importância que esta atividade seja regulada pela Polícia Federal”, acrescentou. (Fotos: Polícia Federal)