A família da brasileira Eduarda dos Santos Almeida, de 27 anos, assassinada em Bariloche, na Argentina, na quinta-feira (17), está se mobilizando para trazer o corpo dela para o Brasil. Parentes e amigos iniciaram uma campanha a fim de arrecadar recursos. Estima-se que só o custo do traslado fique em torno de US$ 5 mil. As doações podem ser feitas através de Pix para o CPF do irmão dela, Wallace Santos Oliveira (14370080703).
Na manhã desta sexta (18), ainda sob o impacto do caso, Wallace – que é servidor público e reside em Volta Redonda – conversou por telefone com o site Foco Regional e disse que ainda aguarda informações das autoridades argentina e do consulado brasileiro sobre a liberação do corpo, que ainda não aconteceu. Eles também estão tentando articular assistência jurídica para acompanhar o caso. “A gente ainda não teve nenhum retorno”, afirmou. A família também está angustiada com a falta de informações sobre os três filhos de Duda – duas crianças gêmeas, de 2 anos, e um bebê de apenas 2 meses de idade.
Duda, como era conhecida a vítima, foi assassinada com nove tiros. O principal suspeito do crime é o companheiro dela, que está detido. À exemplo de Duda, ele é de Angra dos Reis. Ela morava no Centro da cidade, no Morro do Carmo. Wallace contou, no entanto, que era a terceira vez que sua irmã viajava para o país vizinho para trabalhar. Segundo ele, a irmã prestava serviços por temporada à rede de hotelaria Llo Llo. Por sinal, o corpo dela foi encontrado próximo do estabelecimento. O companheiro dele foi preso, de acordo com a polícia argentina, por contradições e por manchas de sangue que teriam sido encontradas no carro dele.
DESMENTIDO – O servidor desmentiu de forma enfática especulações de que a irmã fosse ao país vizinho para se prostituir e também de que faria tráfico de drogas, como uma publicação argentina chegou a publicar, com base em informações, segundo ele, dadas pelo suspeito preso à polícia local. “Isso machuca muito a família, porque não é verdade. Minha irmã tinha vínculo comprovado com o hotel e tinha cidadania argentina, ela já tinha morado lá um ano. Se fosse verdade o que publicaram, ela não conseguiria a cidadania argentina. Não pode manchar assim a história da minha irmã”, rebateu, esclarecendo que deu entrevista nesta sexta, também por telefone, a um jornal do país vizinho.