Um confronto entre integrantes de uma quadrilha especializada em assaltos a banco e um grupo rival, na última segunda-feira (31), teria deixado ao menos oito mortos no bairro Lambicada, em Angra dos Reis. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (2) pela Polícia Federal, segundo a qual os mortos pertenciam à quadrilha que atua com métodos classificados de novo cangaço – pelo uso de explosivos.
No entanto, também de acordo com a PF, os corpos não foram ainda encontrados. A investigação apurou que o bando pretendia atacar agências bancárias de Angra dos Reis, mas o plano foi frustrado pelo confronto com o bando rival. Na segunda, em redes sociais de Angra dos Reis, moradores falaram sobre a intensa troca de tiros na comunidade e nas mortes. Um vídeo também foi compartilhado, em que é possível ouvir o tiroteio (veja abaixo).
Prisão – As informações da Polícia Federal foram dadas a respeito da prisão, na noite da terça-feira (1º), de um suspeito de integrar a quadrilha, responsável por assaltos a banco com o uso de explosivos em pelo menos cinco assaltos praticados nos últimos quatro meses na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Os crimes ocorreram entre junho e setembro em agências bancárias na Ilha da Conceição, em Niterói; no Paraíso, em São Gonçalo; em Vila Isabel, no Rio de Janeiro; na Taquara, também no Rio, e no Centro de São João de Meriti.
A investigação apontou que, em todos os casos, a quadrilha atuou com cerca de 15 homens portando armas de fogo de uso restrito (fuzis), roubaram veículos, fizeram reféns, roubaram dinheiro e detonaram artefato explosivo. Além disso, os criminosos resistiram à prisão, bloquearam vias de acesso e, para fugir, dispararam contra policiais militares.
A prisão efetuada nesta terça é a segunda de um suspeito de integrar a quadrilha. A primeira foi no último dia 27, quando foi realizada a operação Dinamite 1.
De acordo com a PF, os integrantes do grupo vão responder por crime de organização criminosa majorado, roubo quadruplamente qualificado e tentativa de homicídio duplamente qualificada, além de crime de resistência qualificado, cujas penas, somadas, passam de 40 anos de prisão, e multa. (Imagens: Reprodução)