Não é a primeira vez que o motorista de aplicativo flagrado arrastando uma passageira e sua filha no último fim de semana em Volta Redonda foi acusado de agressão. Segundo a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), em outubro de 2020, ele foi acusado por um passageiro de empurrá-lo e quebrar o seu celular ao solicitar uma corrida em Barra Mansa.
A Deam informou que na ocasião a vítima pediu uma corrida da Excelsior, no bairro Morada da Granja, com destino a sua casa, no Paraíso de Cima, mas que o motorista, ao chegar no local de origem, recusou-se a fazer a corrida, onde ele teria afirmado que não levaria até onde a vítima mora porque no bairro dela “só morava bandido”.
A vítima disse em depoimento na época que imediatamente rebateu as acusações do motorista, dizendo que não era verdade e que ele era trabalhador. Nesse momento, os dois discutiram, e, após terem andado cerca de 20 metros, a vítima pediu para o acusado para parar o carro para ele solicitar a chegada de outro motorista. O condutor parou o carro, a vítima desceu e o motorista teria exigido que ela pagasse pela corrida.
A vítima disse que recusou, por não ter andado praticamente nada, e informou que o motorista desceu e a empurrou. Vendo que ele estava alterado, decidiu pegar o seu celular para chamar a Polícia Militar e o homem reagiu tirando o telefone de sua mão e jogando no chão. Ele teria, segundo acusação do passageiro, atirado o celular da vítima no chão por duas vezes, até pegar novamente o telefone e atirar em um matagal.
O condutor, segundo a vítima, entrou no carro e tentou fugir, mas o passageiro atirou um cone no veículo, fazendo que o motorista manobrasse o carro e voltasse na direção do passageiro para novamente ataca-lo. Segundo a vítima, ele reagiu pegando uma pedra, mas o condutor acabou deixando o local. Ao ir até o mato buscar seu telefone, viu que o aparelho ficou totalmente destruído.
Assim como em todas as matérias sobre o fato publicadas, o jornal mantém espaço aberto para o acusado se manifestar a respeito das situações. A Deam informou que ele já foi banido dos aplicativos pelos quais trabalhava (99 e Uber) e que um inquérito foi instaurado para apurar o mais recente caso.