Morreu na madrugada desta segunda-feira (14), em Barra Mansa, o ex-jogador Jorge Luis. A causa não foi informada, mas, segundo amigos, ele sofreu um mal súbito. O ex-jogador estava com 66 anos. O sepultamento serpa às 16h no Cemitério Municipal de Barra Mansa. Ele morava no Centro.
Jorge Luis nasceu em março de 1958 e atuou em grandes times do país, jogando ao lado de ídolos como Zico, Júnior, Careca e outros. Sua trajetória começou aos 13 anos, no Barra Mansa. Em 1972, ele acabaria no Flamengo por um fato inusitado: um tio dele se envolveu em um acidente de carro, no Rio, com outro dirigido por Paulo Niemayer, médico do clube rubro-negro. Apesar de, até então, nunca ter visto o sobrinho atuar, o tio comentou com o médico que tinha um sobrinho bom de bola. Niemayer assinou uma carta de recomendação para que ele fosse levado ao Flamengo, o que aconteceu no final daquele ano para um período de testes – e sem a carta de recomendação, esquecida em Barra Mansa.
O garoto foi aprovado e passou a morar na concentração do clube, que ficava na Praia do Flamengo. Jorge Luis se destacou no clube, chegando a ser convocado para a Seleção Brasileira juvenil que, em 1976, disputou o Torneio Internacional de Cannes, na França. No ano seguinte, foi chamado por Evaristo de Macedo para a disputa do Sul-Americano Juniores (sub-20). O Brasil, tendo o volante barra-mansense como capitão, ficou em segundo lugar, perdendo o título no saldo de gols para o Uruguai, mas garantindo a classificação para o Mundial da categoria, terminando em terceiro. Jorge Luís fez um gol, contra o México.
O jogador foi elevado ao profissional do Flamengo logo em seguida, com 17 anos, sendo dirigido por Carlos Froner. O volante ficou no Flamengo até o final de 1978, sendo campeão da Taça Guanabara em 1978. Depois, foi para o Cruzeiro, de onde se transferiu para o Al Nassr, da Arábia Saudita, onde foi campeão em 1979.
Jorge Lu9s ainda atuou pelo Joinville, Guarani, Atlético Paranaense, Portuguesa-SP, Londrina e Paraná (que se chamava Pinheiros na época). Depois de encerrar a carreira no Brasil, Jorge se mudou para os Estados Unidos, onde atuou na liga semiprofissional por quatro anos, até parar definitivamente, em 1987.
No entanto, ele não abandonou o futebol. Atuou como treinador e ainda foi gerente de Futebol do Barra Mansa. “Eu acho que fiz tudo o que tinha que fazer, errei em diversos momentos por conta de meu temperamento forte. Situações onde deveria ter me calado e falei o que não devia. Mas mesmo assim sigo sem arrependimentos e fui feliz fazendo o que amo”, disse ele em um depoimento para o filho, no qual contou que “odiava concentração”.