Um mecânico de 51 anos foi preso, na tarde da quarta-feira (1º), em Barra do Piraí, suspeito de estuprar uma adolescente de 15 anos. O crime teria acontecido no dia 28 de agosto deste ano. Após a abertura de um inquérito e investigação dos fatos, o delegado Antonio Furtado representou pela prisão preventiva do homem, concedida pelo Juizado Especial Adjunto Criminal da cidade e efetuada por policiais militares.
De acordo com Furtado, o indiciado mantinha proximidade com a família da adolescente, sendo considerado um tio de “consideração” para a vítima, o que levava os pais a confiarem nele, permitindo que o mecânico buscasse a jovem na escola. Foi durante uma dessas ocasiões que ele a teria levado para um motel no bairro Belvedere, também em Barra do Piraí, e a forçado a manter relações sexuais.
Furtado esclareceu que o pai da adolescente relatou que percebeu mudanças no comportamento da filha, além de um baixo rendimento escolar. Depois de questionamentos por parte da família, a jovem revelou o abuso sofrido.
O delegado explicou que o suspeito tentou manipular a situação ao fingir ser juiz da Vara de Infância e Juventude de Barra do Piraí e, através de um perfil falso, enviou mensagens à família para tranquilizá-los quanto à investigação do caso. Ao prestar depoimento na delegacia, o homem alegou que, embora fosse casado, foi seduzido pela adolescente, insistindo que a relação foi consentida e ocorreu apenas uma vez.
Segundo a polícia, ele enfrenta denúncias por estupro e falsa identidade, crimes que, em conjunto, podem resultar em uma pena de até 11 anos de prisão. Furtado destacou a necessidade de continuar as investigações, mencionando que, nas redes sociais, o mecânico é visto em fotos com outras adolescentes, levantando à suspeita de existirem outras vítimas.
– É fundamental que as famílias estejam atentas a situações como essas e denunciem qualquer comportamento estranho. O abuso não pode ser tolerado e é essencial que sejamos vigilantes para proteger nossos jovens. Cuidado com vizinhos muito prestativos, pois podem ser lobos em pele de cordeiro. Não confiem”, recomenda Furtado. (Foto: Polícia Civil)