“Marcelo O Pena – O Desenrolado” é o nome do EP que reúne seis faixas e será lançado nesta sexta-feira (2) nas plataformas digitais. O disco, produção independente do artista de Volta Redonda, vem com uma novidade: além de samba e pagode, marca registrada de O Pena, traz uma canção no gênero sertanejo.
– Eu fiz esse sertanejo há algum tempo, a música se chama “Minha Cara”, para a dupla Bruno & Marrone, mas não tive a oportunidade de enviar para eles. Então, eu garimpei a música nos meus arquivos e COLOCAMOS nesse EP – explicou.
Assim como “Minha Cara”, O Pena diz que “todas as faixas foram garimpadas” para compor o EP, ou seja, as canções já estavam compostas, mas foi preciso fazer um “mutirão” para que o disco chegasse às plataformas digitais.
– A gente tinha as músicas gravadas, daí a gente foi pedindo ajuda, e os padrinhos que nos acompanham de perto, ou de longe, conhecem a nossa jornada, colaboraram para que conseguíssemos fazer esse projeto.
As faixas, segundo O Pena, foram feitas com alto valor de investimento. Ele cita, por exemplo, que uma delas custou R$ 6 mil e as outras R$ 4 mil, e não tinham sido lançadas.
– Ninguém conhece essas músicas, não foram divulgadas, não foram lançadas nas plataformas digitais. São todas registradas, e só agora conseguimos garimpá-las para o lançamento digital. Não teremos disco físico.
Volta às origens
O cantor e compositor voltou a usar o nome artístico Marcelo Pena, já que em seu trabalho anterior se apresentava como O Pena.
– Na Editora Abramus eu sou conhecido como compositor Marcelo O Pena, e quando fizemos 16 anos de carreira lançamos também o nome artístico O Pena, no disco “As Melhores do Pena”, uma expressão mais fácil.
São 24 anos de carreira. E O Pena vai comemorar voltando com os shows ao vivo, já tem banda formada e um repertório que inclui “Batucada Boa”, “A Vida Não é Brincadeira”, “Eu Daria Tudo” e “Sob Medida”. Nessa estrada de mais de duas décadas, qual o momento mais marcante?
– É quando a gente conta com o apoio daqueles que conhecem a luta, a batalha, a carreira, que a gente aciona todos os amigos, igual agora. Outro momento marcante foi quando gravei com o Xande de Pilares.
A música com a participação do Xande de Pilares é “Sob Medida” (ouça aqui), que está nas plataformas digitais e ainda rende direitos autorais.
– As plataformas digitais distribuem o pagamento de três em três meses, e também do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), quando as rádios estão tocando a música.
Projeto É o Selo TAMBÉM AFIRMA O CANTOR
Outra iniciativa de Marcelo Pena que está sendo reativada é o projeto É o Selo. Ele conta que o projeto faz parte da Rede do Samba, englobando Volta Redonda e o Sul do Estado para todo o mundo.
– Levei esse projeto e coloquei em pauta no Rio de Janeiro, espalhei para vários artistas é produtores, Inclusive, foi lançado outro projeto bem parecido, mas mudaram o nome. A ideia é produzir, gravar os talentos da região e lançar nas plataformas digitais.
O cantor e compositor Marcelo Pena ficou conhecido como o Mito do Samba. Ele é de Volta Redonda e fez sucesso em várias cidades do Brasil. São 24 anos de carreira. O seu quarto CD, “As Melhores do Pena”, é de 2016. O Pena começou a despontar como sucesso no meio musical em 2000, no Colégio Themis de Almeida Vieira, no Conforto, onde foi formado o grupo Fissura. A batucada deu liga e, em 2004, com o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, gravaram o CD .
O grupo Fissura terminou em 2008, mas O Pena não parou. Naquele mesmo ano, inscreveu duas músicas de sua autoria num concurso da Rádio FM O Dia, no Rio de Janeiro: “A Vida Não é Brincadeira” e “Eu Daria Tudo”, além da gravação do hit “Batucada Boa”, que foi escolhida como música de trabalho do Projeto Verão da emissora. E, em 2014, lançou o CD “Rompendo Barreiras”. Naquele ano, gravou a música “Sob Medida”, ao lado de Xande de Pilares, de quem já era um grande admirador.