Um grupo com cerca de 100 pessoas iniciou, na manhã desta segunda-feira (28) um protesto em Angra dos Reis contra o decreto que impede a entrada de turistas na cidade para quem vai à praia por um dia. Composto por funcionários do setor de turismo, a manifestação aponta que as medidas, em vigor a partir desta segunda, afeta o faturamento do setor e pode causar desemprego. A manifestação acontece numa das entradas da cidade.
A prefeitura justificou o decreto com o aumento do número de casos do novo coronavírus. O documento suspende temporariamente, até o dia 12 de janeiro, as atividades turísticas na modalidade “day use’”. Para fiscalizar, barreiras fiscalizatórias nas entradas da cidade, na chegada de embarcações do cais de Conceição de Jacareí, inclusive em relação ao “transfer”, em pontos específicos de desembarque como na Praia de Japariz, na Ilha Grande, e em outros locais que forem necessários.
Os turistas que possuem reservas em pousadas, hotéis ou “hostels”, ou com contratos de locação de imóveis em Angra podem adentrar na cidade para permanecer apenas pelo prazo de estadia.
Também está proibido o estacionamento de veículos nas estradas municipais próximas às praias ou em corredores turísticos, como, por exemplo, na Ponta Leste e na Estrada do Contorno. Os veículos infratores estarão sujeitos a reboque.
Restaurantes, bares, botecos e choperias, inclusive nos shoppings e centro comerciais, poderão funcionar até às 23h. A exceção ocorrerá entre os dias 31 de dezembro e o 1º de janeiro, ocasião em que esses estabelecimentos também poderão funcionar entre às 23h e 01h.
Também há restrições em relação à lotação dos templos religiosos, que só poderão funcionar com 50% de ocupação máxima. Os grandes templos, excepcionalmente, com prévia autorização, poderão receber até 200 fiéis, com o cumprimento das normas sanitárias.
O estabelecimento, instituição, associação ou sociedade empresária que descumprir os decretos estará sujeito à suspensão de alvará pelo período de 15 dias, sem prejuízo da imposição de multa. Já a reincidência sujeitará o infrator à suspensão de alvará por 45 dias, sem prejuízo da imposição de multa mais gravosa.
Até o domingo, Angra contabilizava 260 mortes por Covid-19. A cidade tem 8.968 casos confirmados da doença.