O super feriadão estabelecido pelo governo do estado e seguido pelas prefeituras fluminenses com decretos próprios termina neste domingo (4). Para os comerciantes de Volta Redonda e Barra Mansa, no entanto, a incerteza prossegue. Há um pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) à Justiça para que os prefeitos das duas principais cidades da região sejam obrigados a assinar um decreto autorizando o funcionamento somente dos serviços essenciais, diante do agravamento da crise sanitária.
Para piorar, neste final de semana o mapa de risco da Covid-19, divulgado pelo governo do estado, trouxe Volta Redonda e Barra Mansa na chamada “bandeira roxa”, que, na escala utilizada pela Secretaria estadual de Saúde, significa “risco muito alto” de Covid-19. O pedido foi feito quando ambas estavam na “bandeira vermelha” (risco alto).
Com o fim do super feriadão, as atividades econômicas voltam ao estágio anterior aos decretos. No caso da ação do MPRJ, ajuizada no dia 29 do mês passado, a Justiça de Volta Redonda notificou entidades do comércio, como CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e Aciap (Associação Comercial, Industrial e Agropastoril) a se manifestarem a respeito num prazo de dez dias.
Os prefeitos de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto, e de Barra Mansa, Rodrigo Drable, resistem à medida por considerarem que, primeiro, a maioria dos estabelecimentos comerciais está seguindo as regras de prevenção à Covid-19 e, segundo, entenderem que a sua eficácia é discutível. “A experiência já mostrou que fechar tudo aumenta a circulação de pessoas nos bairros, onde não temos alcance efetivo da fiscalização”, disse Drable, ao tomar conhecimento do pleito do MPRJ, que se baseou nos acordos assinados pelas duas prefeituras pouco após o início da pandemia, em março do ano passado, e as taxas de ocupação de leitos em Volta Redonda e Barra Mansa.
Volta Redonda, até a sexta-feira (2), contava 569 vítimas fatais da Covid-19. Em Barra Mansa, o total de óbitos estava em 318.