Parentes, amigos e colegas de trabalho do vigilante Thiago Peçanha de Matos Lemos anunciam que vão realizar hoje, a partir das 14h30min, em frente ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em Volta Redonda, uma manifestação para pedir por justiça. Thiago, de 32 anos, foi morto a tiros na noite de 30 de março, próximo a um bar da Avenida Retiro. O suspeito do crime é um policial militar lotado no estado de São Paulo.
A mãe de Thiago, Glória Denise Peçanha, de 56 anos, que também é vigilante, se mostra inconformada que o suspeito esteja em liberdade. “Segundo fomos informados, ele fugiu do flagrante, depois depôs numa delegacia e foi liberado”, disse Glória. “Thiago era pai de família, ótimo filho e trabalhador”, disse, emocionada.
O vigilante deixou uma companheira e três filhos, todos menores – de 6, 5 e 2 anos. De acordo com Glória, ele também ajudava, quando estava de folga, a cuidar do avô, de 81 anos, que sofre de Alzheimer.
Por causa da doença do pai, a vigilante se afastou do trabalho e Thiago a ajudava também financeiramente. Ele trabalhava havia cinco anos numa empresa de Resende.
A mãe afirmou ainda que, após a “manifestação pacífica” no MPRJ pretende ir à delegacia porque até agora, não sabe exatamente o que aconteceu. Glória contou que, no dia em que foi morto, Thiago estava na casa dela, no bairro Siderlândia, até que alguém ligou chamando seu filho para ir ao bar no Retiro ver a decisão do Campeonato Carioca.
– Quando ele me disse que iria sair para ver o jogo, eu disse “vá com Deus, meu filho”. Ele respondeu, “amém”. Foi a última coisa que falou para mim – contou a mãe. (Foto: Arquivo pessoal)