O falso médico, de 41 anos, preso na sexta-feira (9) em Valença, segundo as investigações iniciais, também já trabalhou em hospitais de municípios vizinhos, como Volta Redonda, Mendes, Piraí e Barra do Piraí, de acordo com a Polícia Civil. Além disso, um de seus pacientes teve a perna amputada pelos cuidados médicos equivocados, inclusive cirúrgicos, além da prescrição de remédios não correspondentes à gravidade do ferimento do homem. As informações são do Jornal Extra.
A vítima teria se acidentado com um vergalhão, vindo a necrosar a perna direita, o que motivou a amputação, fato ocorrido também na sexta-feira, no Hospital Escola de Valença.
Segundo a polícia, o suspeito foi identificado como Australiamar Fernandes Ferreira. Mesmo após ser preso, ele usou nomes falsos na delegacia, entre eles o de um irmão. Os investigadores descobriram que ele já foi preso outras três vezes, entre 2008 e 2012, nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, também por se passar por médico. Além disso, o homem ainda tem passagens pelos crimes de ameaça e lesão corporal.
As autoridades informaram que o homem usava dados de um médico residente em Goiás e também se apresentava como tenente do Exército Brasileiro. Ele foi localizado após denúncia feita pela direção do Hospital Escola de Valença, que foi comunicada por profissionais da unidade médica sobre a forma estranha do suspeito se comunicar e trabalhar. A direção então comunicou à polícia, que efetuou a prisão em flagrante. Ele vai responder por exercício ilegal da medicina, lesão corporal, falsidade ideológica, falsa identidade e uso de documento falso.
Segundo a Polícia Civil, ele se aproveitou da pandemia de Covid-19 e da falta de médicos nos hospitais e se apresentou como médico cirurgião e intensivista, usando a identidade do militar para cobrir plantões vagos no Hospital Escola.
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