A entrega de vacinas contra a Covid-19 produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz) entre os meses de agosto e setembro não está garantida, segundo Mauricio Zuma, diretor do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), durante um encontro virtual com jornalistas nesta quinta-feira (22).
Segundo Zuma, a remessa com as primeiras doses fabricadas em Bio-Manguinhos com Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional poderá sofrer atraso de dois meses. Isso empurraria a vacinação para outubro. De acordo com o diretor, o laboratório está aprendendo ainda com as informações recebidas sobre a produção. “Possivelmente, a gente só consiga entregar vacinas a partir de outubro. A produção do IFA nacional está começando”, frisou.
A fábrica do insumo ainda depende da certificação das condições técnico-operacionais (CTO), a ser validada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e do contrato de transferência de tecnologia para a produção nacional, que segue em fase de negociações e ainda não foi assinado. A fundação prevê que até julho sejam entregues 100 milhões de doses com o IFA importado. Depois disso, a expectativa e produzir vacinas com o IFA nacional.