Foi sepultado no fim da manhã desta quinta-feira (22), no Cemitério Portal da Saudade, em Volta Redonda, o corpo da comerciante assassinada com requintes de crueldade na última terça-feira (20), em sua casa no bairro Monte Castelo. Marta Aparecida Freitas tinha 69 anos e foi enterrada às 11 horas. O velório acontecia desde às 8h no local.
O crime praticado contra Marta chocou comerciantes, principalmente do Aterrado. Casada com Deocleciano Jorge de Souza Lima, o “seu” Dedé, de 85 anos, ela era sócia da Ímpar, loja de tecidos que fica na Avenida Paulo de Frontin, no Aterrado. Amigos contaram que Marta passava a manhã em casa. No início da tarde, levava o almoço para o marido e fica o restante do horário comercial no estabelecimento.
“Ela cuidava dele como ninguém. Já deixava separada as roupas que ele usaria no dia seguinte. E depois levava o almoço, fazia os serviços de banco. Que covardia”, disse um comerciante amigo do casal, emocionado. Foi o fato de não atender às ligações e não ter aparecido com o almoço que fizeram o filho e o marido de Marta desconfiarem que algo estava errado. Eles foram juntos para casa e encontraram a comerciante morta.
O assassino foi preso no mesmo dia do ocorrido, na parte da noite. Jefferson Siqueira Coutinho, de 55 anos, foi capturado no apartamento onde mora, na Avenida 7 de Setembro, no Aterrado – coincidentemente o mesmo bairro onde está situada a 93ª DP. Sua prisão contou com a colaboração do filho dele, que avisou à Polícia Militar que o pai havia chegado em casa. Quando os agentes se dirigiram ao apartamento – em um prédio de três andares no qual funciona, no térreo, uma loja de produtos de higiene e limpeza – o cunhado de Jefferson abriu a porta do imóvel.
Jefferson já cumpriu pena por outros dois homicídios praticados em Mendes, ambos em 1996. Por um deles foi condenado a 18 anos de detenção. Segundo a Polícia Militar, o acusado tem 13 anotações em sua ficha criminal.