O bispo da Diocese Barra do Piraí-Volta Redonda, Dom Luiz Henrique, lamentou a morte do papa emérito Bento XVI, ocorrida neste sábado (31), no Mosteiro Mater Ecclesiae, nos Jardins do Vaticano. Dom Luiz relembrou que esteve por alguns momentos com o papa emérito, por ocasião do encontro dos novos bispos. “Chamou-me a atenção sua simplicidade e ternura, mesmo sendo uma saudação breve. Ficou marcada em minha memória este momento especial”, afirmou.
Foi durante o pontificado de Bento XVI que o hoje bispo emérito Francisco Biasin, em 2011, assumiu a Diocese Barra do Piraí-Volta Redonda. Em 2012, o então papa Bento XVI elegeu Dom Luiz Henrique como bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. A ordenação episcopal aconteceu em maio do mesmo ano, na Catedral da referida Arquidiocese. “Agradeço ao Papa Bento XVI pela confiança depositada em mim, nomeando-me como bispo auxiliar do Rio de Janeiro”, comentou recentemente Dom Luiz Henrique.
Bento XVI foi o 225° papa da Igreja Católica, sendo eleito em 19 de abril de 2005, após a morte de João Paulo II, assumindo a Cátedra de
Pedro aos 78 anos. Seu Pontificado durou sete anos e 10 meses, pois em 11 de fevereiro de 2013, anunciou sua renúncia, fato que só havia acontecido em 1415, com o papa Gregório XII. Joseph Ratzinger nasceu em Marktl am Inn, no estado da Baviéra, na Alemanha, e cresceu durante o período em que o regime nazista ganhou força na região. Ratzinger teve extensa carreira como estudioso das doutrinas católicas, tendo lecionado teologia e dogmática em diversas universidades, principalmente na Alemanha. Dom Luiz Henrique destaca o legado de Bento XVI ao longo de sua trajetória como bispo, cardeal e, por fim, no Ministério Petrino.
“Podemos dizer que o papa Bento nos deixa um legado teológico e espiritual riquíssimo. Ainda muitas gerações poderão usufruir de sua produção teológica, indiscutivelmente preciosa para a Igreja, especialmente, após o Concílio Vaticano II, já que Bento XVI muito contribuiu para uma autêntica receptividade conciliar com suas reflexões mais do que oportunas sobre a hermenêutica da continuidade no que se referia a interpretação do concílio e não de ruptura”.