Preso no Pará: João Pedro foi denunciado como autor dos tiros dentro de clube que mataram 3 pessoas
O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) denunciou à Justiça João Pedro Bernardes Aguiar de Oliveira, conhecido como João Pedro Avelino – que está preso – e Felipe Aguiar de Oliveira Filho, o Filipinho Avelino, por três crimes de homicídio qualificado e cinco tentativas de homicídio em Paraíba do Sul. Também a pedido do GAECO/MPRJ, a 2ª Vara de Paraíba do Sul determinou a conversão da prisão temporária em preventiva de João Pedro, de 25 anos.
A Justiça ainda deferiu mandados de busca e apreensão em Paraíba do Sul e em Rio Maria, no Pará, que foram cumpridos nesta segunda-feira (15), em ação conjunta deflagrada por agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), e do GAECO do Ministério Público do Pará.
Vingança – Os crimes aconteceram em 23 de outubro de 2022, durante uma festa no Riachuelo Esporte Clube, em Paraíba do Sul. Os denunciados, de acordo com a denúncia, tinham como alvo o policial militar George Rodrigo Mendes, de 44 anos.
As investigações apontaram que o crime foi cometido por vingança. Os dois estariam insatisfeitos com a condução de outros integrantes da família para a delegacia de polícia por crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, em janeiro do mesmo ano. Além do policial, Robert Luiz Diniz, de 34 anos, Carolaine Fernandes, de 25, foram baleados e morreram – a jovem três dias depois, no Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, em Três Rios.
Segundo o GAECO/MPRJ, os denunciados ainda atentaram contra as vidas de mais cinco no clube “diante de diversas testemunhas”. Os promotores ainda ressaltam que o crime foi cometido por motivo torpe, e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que ela foi surpreendida pelos disparos enquanto assistia a um show.
Ressalta na denúncia que o crime foi praticado “mediante uso de meio que resultou em perigo comum, já que os disparos foram desferidos em um clube dentro do qual havia significativa aglomeração de pessoas”.
Prisão no Pará – O MPRJ cita que as investigações comprovaram que João Pedro foi o executor dos disparos, enquanto Filipinho conduziu o carro que o levou ao local e, posteriormente, lhe deu fuga.
A denúncia chama atenção para o fato de algumas testemunhas, ao associarem o nome dos réus à família Avelino, terem tentado modificar seus depoimentos e até mesmo mudado para outro país, “devido à fama da referida família de executar seus opositores”.
João Pedro Avelino também responde a outro processo por duplo homicídio, em Novo Repartimento, no sudeste do Pará, onde foi preso em 16 de maio deste ano pela Polícia Federal.
A família Avelino teve origem em Vassouras, cidade próxima de Paraíba do Sul. No mês passado, a história de violência que envolve a família há seis décadas foi tema do programa “Linha Direta”, da TV Globo. (Foto: Reprodução Disque Denúncia)