A obesidade não é apenas uma questão estética, mas sim uma doença crônica que pode levar a diversas complicações, como diabetes, doenças cardiovasculares e até mesmo certos tipos de câncer. Por isso, a Organização Mundial da Saúde escolheu o dia 4 de março para celebrar o Dia Mundial da Obesidade, para conscientizar a população sobre os riscos e impactos dessa condição de saúde crescente em todo o mundo.
O número de pessoas com obesidade ultrapassa 1 bilhão, conforme um estudo publicado na revista The Lancet. Isso representa cerca de 13% da população global adulta, com uma prevalência maior entre mulheres (15%) do que homens (11%). No Brasil, a prevalência de obesidade entre adultos é de 20,8%, colocando o país entre os 20 com maior número de pessoas com obesidade no mundo.
“A obesidade representa um fator de risco importante para doenças como diabetes tipo 2, doenças cardíacas, derrames e certos tipos de câncer, resultando em cerca de 4,7 milhões de mortes anualmente em todo o mundo. Por essa razão, é fundamental priorizar uma alimentação saudável e a prática regular de atividade física.”, afirma a nutricionista Luiza Cobucci, gerente de nutrição do Hospital Santa Cecília.
A obesidade é um problema de saúde pública que requer atenção e cuidados especiais. Luiza destaca a importância de adotar hábitos saudáveis de alimentação e a prática regular de atividades físicas como pilares fundamentais no combate e prevenção da obesidade.
Buscar ajuda profissional ao lidar com a obesidade, pois cada indivíduo possui necessidades e particularidades únicas que devem ser consideradas no processo de tratamento. “É fundamental entender que a obesidade não é apenas uma questão estética, mas sim uma condição de saúde que demanda cuidados específicos. O acompanhamento especializado é essencial para promover mudanças efetivas e duradouras na vida dos pacientes”, afirma a nutricionista.
Nutricionista dá dicas de alimentação saudável
‘’Para manter uma alimentação saudável, visando a manutenção do peso e prevenção da obesidade o importante é comer “comida de verdade”, reforça Luiza Cobucci. A nutricionista lista uma série de alimentos “in natura” que ajudam a manter uma dieta mais saudável, como legumes, verduras, folhas verde escuras, grãos, frutas da estação, bem como as frutas de médio a baixo índice glicêmico (morango, cereja, ameixa fresca, kiwi, pêssego, melancia, maçã com casca, pera com casca, framboesa, limão, maracujá, mamão e melão), carnes magras, ovos, castanhas, laticínios com baixo teor de gordura, gorduras boas (azeite de oliva, coco e abacate), fibras (sementes de linhaça, chia, farelo de aveia e psyllium) e chocolate amargo (>70%)i.
Quanto aos alimentos que devem ser evitados no dia a dia e que contribuem para o ganho de peso bem como o aparecimento de comorbidades como a diabetes, hipertensão e dislipidemias a nutricionista Luiza Cobucci destaca os alimentos ultra processados, como os biscoitos recheados, sorvetes, temperos industrializados, salgadinhos “de pacote”, iogurtes e bebidas lácteas adoçados e aromatizados, macarrão instantâneo, enlatados, embutidos, refrescos, refrigerantes, bebidas energéticas, açúcar refinado e guloseimas em geral.
“É hora de priorizar a sua saúde e bem-estar. Todos os aspectos da sua vida serão beneficiados. Se acha que não tem tempo, crie esse tempo. Comece com pequenas mudanças e avance gradualmente em direção aos seus objetivos. Não se contente em conviver com a obesidade, dores, baixa autoestima, falta de energia e problemas de saúde. Busque por profissionais alinhados à Saúde Integrativa para uma jornada em busca do equilíbrio e qualidade de vida”, finaliza Luiza Cobucci.