Horas depois do temporal que atingiu a cidade, com ventos muito fortes, estimados em mais de 80 quilômetros por hora pela Defesa Civil, Volta Redonda ainda não voltou à normalidade. Por volta das 9 horas da noite desta quarta-feira (16), a Defesa Civil municipal contabilizava cerca de 40 ocorrências, quase todas referente a queda de árvores. O coordenador do órgão, Leandro Rezende, afirmou que o canudo de vento que causou estragos percorreu principalmente a área entre os bairros Ponte Alta e Jardim Amália II. O curioso é que, segundo ele, o índice de chuva foi de apenas 9 milímetros na “tempestade” da tarde. Mesmo assim, ocorreram alagamentos em alguns pontos da cidade, principalmente na Vila Santa Cecília, e na Via Sérgio Braga e Rua 2, no Conforto, próximo à passarela de acesso à Usina Presidente Vargas, da CSN.
Na manhã desta quinta-feira (16), na Via Sérgio Braga, ainda se via bolsões de água na pista. A ventania assustou e causou muitos estragos com a queda de árvores, que, em vários casos, a rede elétrica foi atingida e havia, no momento desta publicação, ainda muitos pontos da cidade sem energia elétrica. O Laranjal, por exemplo, estava às escuras. No bairro muitas árvores caíram ou tiveram os galhos arrancados. Fica no Laranjal uma das bombas usadas para a distribuição de água também do Monte Castelo, Colina, Sessenta, Siderópolis e Casa de Pedra. A estação ainda é responsável pelo abastecimento do Hospital São João Batista, que está sendo atendido com caminhões-pipa. A bomba da Vila Americana, responsável também para o abastecimento da região do Santo Agostinho e Nova Primavera, só voltou a operar aos 35 minutos da madrugada desta quinta. Ainda havia muitos pontos da cidade sem energia elétrica por causa da chuva da tarde, mas na Rua Érica Bebert, em Três Poços, os moradores reclamam de falta de energia, desde o temporal da tarde da última terça-feira (15).
A queda de árvores também assustou na Vila Santa Cecília, um dos bairros mais arborizados de Volta Redonda. Na Rua 18, uma delas caiu sobre a dianteira de uma Ecosport, chegando a deixar o veículo com as rodas traseiras levantadas. Na queda, a rede elétrica foi arrastada. Outro carro atingido por árvore estava estacionado na Praça Brasil. Ainda na Vila, uma árvore caiu em cima de uma motocicleta. No Jardim Paraíba, nas proximidades do Raulino de Oliveira, outra árvore caiu em cima de um Ford Ka, que também ficou danificado. No Eucaliptal, na Rua Castro Alves, um poste foi jogado sobre o muro de um imóvel, ao ser atingido por uma árvore. Na Rua Nossa Senhora da Conceição, no Conforto, outra árvore caiu sobre o telhado de uma residência, onde vive um casal de idosos, um deles um senhor de 90 anos que sofre de Alzheimer. A moradora criticou a falta de recursos dos bombeiros. A ela foi informado que a corporação, em Volta Redonda, conta apenas com uma motosserra. Revoltada com a demora para a árvore ser serrada, ela e os vizinhos chegaram a fechar a rua em protesto.
A moradora Érica Novais afirma que o corte da árvore que atingiu sua residência já vinha sendo solicitado há muito tempo. Ainda na manhã desta quinta, o trabalho de remoção das árvores que caíram será intensificado. A prioridade das equipes da prefeitura desde a noite da quarta-feira, foi de desbloquear as ruas. Muito trabalho também, está nas mãos do pessoal da área de elétrica. No momento desta publicação, havia sinais de trânsito que não estavam funcionando, como na Avenida Amaral Peixoto, em frente ao posto JK e também o que fica sob o Viaduto Heitor Leite Franco, próximo ao Mercado Popular da Amaral Peixoto, no Centro.
Em Barra Mansa, também choveu no final da tarde, mas as informações é de que aconteceram alagamentos no Ano Bom, principalmente, na Praça das Nações Unidas. Houve queda de árvores nops bairros Boa Sorte e Verbo Divino, mas a chuva, e principalmente o vento, não foi tão agressiva como na vizinha Volta Redonda.