Quatro homens foram presos em flagrante e um adolescente foi apreendido, na manhã desta quarta-feira (12), em Barra do Piraí, numa operação conjunta entre as polícias Civil e Militar comandada pelo delegado titular Antônio Furtado e a delega assistente Bianca Pelegrino. Entre os quatro presos, três estavam com mandado de prisão preventiva por suspeita do assassinato de um rapaz de 23 anos, no dia 18 de janeiro deste ano.
A operação, que também cumpriu oito mandados de busca e apreensão, foi realizada no bairro Belvedere, mesmo local onde aconteceu o homicídio. A vítima foi espancada até a morte, sofrendo fraturas em diversas partes do corpo. Participaram da ação 30 policiais militares e dez agentes da Polícia Civil.
Durante o cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão, um homem de 27 anos, já condenado por tráfico de drogas, mas que não participou do homicídio, agrediu com uma cabeçada um policial civil ao ter o telefone recolhido. Segundo Furtado, a agressão se deu depois de ele proferir diversos xingamentos para o agente, que sangrou pelo nariz ao ser atacado. Mesmo assim, com a ajuda do delegado, ele dominou o suspeito.
Investigação – De acordo com Furtado, o crime foi motivado porque a vítima teria passado a vender maconha no bairro Belvedere, “de forma independente”, o que desagradou aos suspeitos, integrantes de uma facção criminosa.
De acordo com Furtado, os presos na operação desta quarta – de 21, 20 e 18 anos – decidiram praticar o crime com a participação do menor, de 16 anos. “Os presos de hoje, que são de uma mesma facção criminosa, se revoltaram porque se consideravam ‘donos’ do bairro. Chegaram a dizer [para a vítima] que ele não iria vender ali maconha clandestina. Ele foi espancado até a morte. Eles gostam de se auto-intitular como sendo o ‘tribunal do tráfico’ e o espancaram até a morte”, detalhou Furtado.
Durante a operação foram apreendidos cerca de R$ 4 mil em espécie, um punhal, 10 telefones celulares, notebook e um cordão aparentemente de ouro.
Os três jovens apontados como autores do espancamento que tiveram a prisão decretada vão responder por homicídio qualificado, mas também pela prisão em flagrante, por tráfico e associação para o tráfico de drogas, assim como o menor, conforme prevê o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Já o preso que agrediu o policial foi autuado pelos crimes de tráfico, associação para o tráfico de drogas e resistência. Ele estava na casa de um dos suspeitos do homicídio.
A operação foi batizada de “Tritura”, segundo o delegado para triturar o tráfico no Belvedere. (Fotos: Polícia Civil)