A prefeitura de Barra do Piraí classificou de falsas mensagens em rede sociais segundo as quais a Santa Casa suspendeu internações e cirurgias a partir desta terça-feira (15), limitando-se a atender casos de emergência. De acordo com tais mensagens, além de salários de setembro não terem ainda sido pagos, estaria faltando insumos no almoxarifado e farmácia. Também em redes sociais foram divulgadas mensagens relatando a suposta falta de copos descartáveis, cobertores e lençóis no hospital, assim como a liberação de pacientes sem a administração de qualquer tipo de medicação.
Segundo a nota da prefeitura, a equipe de intervenção da Santa Casa de Barra do Piraí assegura que não há veracidade no que vem sendo divulgado. “A fake news circulou em diferentes grupos de mensagens instantâneas e redes sociais. O documento foi assinado por um funcionário. Mas, segundo interventores, não trata da verdade”, diz a nota do governo municipal, cuja atual administração foi derrotada nas eleições do último dia 6.
“Muito pelo contrário, após assumir a requisição de bens e serviços da Santa Casa – mesmo que provisoriamente -, a Prefeitura de Barra do Piraí vem promovendo todo o levantamento de como andam as finanças daquele hospital, bem como a compra de insumos importantes para a manutenção da Casa de Caridade”, acrescenta a nota.
“Ao longo dos últimos oito anos, a gestão atual tem primado pela qualidade dos serviços em saúde do município. E pode garantir aos barrenses que vai continuar assim até entregar à próxima gestão”, prossegue.
De acordo com a prefeitura, um comunicado que teria sido feito em conjunto por coordenadores de vários setores do hospital “não obteve autorização da intervenção para ser redigido”. O detalhe é que o comunicado é dirigido justamente aos interventores, mas a prefeitura diz que o fato está sendo analisado juridicamente E que “os envolvidos serão punidos severamente”.
Dispensas – O episódio é mais um que surge em Barra do Piraí após o candidato à sucessão do prefeito Mário Esteves, Dine Caruzo, ser derrotado por Kátia Miki na disputa municipal. Apenas dois dias após a eleição, surgiram notícias sobre o desligamento de funcionários do setor de saúde, com reclamações de usuários, inclusive no Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
O secretário de Saúde, Tadeu Pedroso, confirmou a demissão de funcionários comissionados, mas alegando que a medida não afetaria os serviços essenciais. A seccional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), anunciou ter encaminhado um ofício ao Ministério Público pedindo a intervenção da promotoria no caso. No documento, chegou a citar a suspensão do Tratamento Fora do Domicílio (TFD) de pessoas com câncer e outras doenças graves.
Na ocasião, também em nota, a prefeitura também confirmou as exonerações, assegurando que os serviços não estavam sendo afetados. “Estamos promovendo um enxugamento na máquina para deixar o mínimo de entraves à próxima gestão, bem diferente do que aconteceu comigo em 2017, quando peguei uma dívida na casa dos R$ 70 milhões. Isso se faz necessário para o equilíbrio máximo”, afirmou Mário Esteves na nota. (Foto: Reprodução)