Aves resgatadas em cativeiro e que passaram por reabilitação no Zoológico Municipal de Volta Redonda (Zoo-VR) ganharam a liberdade. A soltura na natureza, que ocorreu na semana passada, foi feita pela ONG (Organização Não Governamental) Instituto Vida Livre que cria e desenvolve projetos de conservação da fauna e mantém parceria com o Zoo-VR desde 2015. Desde o início do ano, 160 animais passaram pela reabilitação e puderam ser reinseridos em seu habitat natural.
De acordo com o diretor da ONG, Roched Seba, os animais que passaram pelo tratamento no Zoo-VR foram resgatados em situações irregulares. Ele explicou que antes de ganharem os céus, o grupo de maritacas e periquitos passou por um processo de readaptação à natureza.
“Não basta soltá-los. O nosso trabalho consiste na reabilitação e introdução desses animais na natureza, que chega a durar meses. Primeiro, eles são colocados em uma área de mata, onde são devidamente acompanhados por médicos veterinários e comem ‘alimentos do mato’, porque não podem se alimentar de sementes de girassol como eram acostumados, por exemplo”, destacou Seba.
O grupo de 37 aves é colocado em liberdade aos poucos, que segue uma ordem de prioridade: dos mais aptos para os menos. As solturas são autorizadas pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e ocorrem em áreas fiscalizadas pelo órgão. Os bichos costumam ser monitorados, e em alguns casos específicos, as anilhas são mantidas para evitar que o animal seja capturado novamente.
Existem os casos em que há impossibilidade da reinserção e as causas são variáveis, podendo ser por sequelas físicas ou psicológicas, provocadas principalmente por maus-tratos ou pela dependência aos seres humanos.
“O nosso objetivo é sempre devolver os animais para a natureza. Os que por algum motivo não conseguem retornar ficam hospedados conosco, aqui no Zoo”, afirmou Jadiel Teixeira, coordenador do Zoológico Municipal de Volta Redonda.