147 pessoas compareceram nesta segunda-feira (9), ao Hemonúcleo do Hospital São João Batista, com o intuito de doar sangue. Uma campanha foi iniciada na noite do domingo (8), horas depois que o jovem Guilherme da Silva Maia, de 20 anos, deu entrada na unidade em estado grave. A informação foi obtida pelo INFORMA CIDADE junto à coordenação do Hemonúcleo.
Guilherme é vítima da imprudência de quem bebe e dirige. Ele estava num Vectra na manhã do domingo, às margens da Dutra, em Piraí, quando foi abordado pela Polícia Militar. Enquanto os policiais faziam a abordagem, uma carreta desgovernada, dirigida por um motorista alcoolizado, atingiu a viatura da PM e o veículo que ele estava. Na ocasião, um Policial Militar, identificado como Renan Gonçalves, morreu. Ele foi sepultado na manhã desta segunda-feira.
Além de Guilherme, outras três pessoas estavam no Vectra. O motorista, Matheus Sodré, de 32 anos, sofreu fraturas e foi socorrido no Hospital da Unimed de Volta Redonda, enquanto Alex Matos Siqueira, de 30 anos, foi socorrido no Hospital Flávio Leal, em Piraí, com fratura em um dos pés. O quarto ocupante do carro não sofreu ferimentos.
Guilherme foi a única vítima socorrida no Hospital São João Batista. Ele deu entrada na unidade com fratura na perna direita, mas teve que amputar a perna ao longo do dia. Ele chegou a usar 4 bolsas de sangue “O negativo” durante o processo de amputação.
Na noite desta segunda, as informações sobre Guilherme eram que a sedação dele estava diminuindo, e ele continuava na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O irmão de Guilherme, Gleisson Maia, chegou a comentar em uma rede social que Guilherme reconheceu a voz dele. “Ele ainda não acorda, mas reconheceu minha voz e respondeu balançando a cabeça as perguntas que fiz”, disse.
Doação de sangue
O Hemonúcleo de Volta Redonda precisa aumentar o estoque de sangue para as festividades de fim de ano e férias de janeiro.
A coordenadora do Hemonúcleo, Rosimere Herdy Cardoso, destaca que são as doações regulares de sangue que mantêm o abastecimento. “São esses doadores que mantêm abastecidos os bancos de sangue ao longo do ano. O sangue é um produto que só pode ser conseguido por meio de doação”, disse a coordenadora.
Rosimere esclarece que o ideal é que o local receba de 25 a 30 doadores por dia, pois os hemocomponentes têm validade. “As plaquetas, por exemplo, duram apenas cinco dias, por isso, esse é um número ideal de doadores por dia. As doações são muito importantes e necessitamos delas para ajudar nossa população”, explicou.
Cada bolsa tem em média 450 ml de sangue total, que é fracionado em três componentes diferentes: concentrado de hemácias e de plaquetas, além de plasma).
Para ser um doador é preciso ter estilo de vida saudável, não ter comportamento de risco e respeitar o intervalo mínimo entre as doações, que é de 60 dias para homens e 90 dias para mulheres. Para doar sangue, o interessado precisa apresentar documento com foto, ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg, não estar em jejum e não ingerir alimentos gordurosos.
O secretário municipal de Saúde, Alfredo Peixoto, faz um apelo para que a população se torne doador voluntário. “A doação é um ato de amor e solidariedade. É importante que as pessoas compareçam ao banco de sangue de uma forma sistemática e regular para que sempre tenhamos em estoque todos os hemocomponentes prontos para uso”, disse o secretário.
O Hemonúcleo fica no Hospital São João Batista e funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 13h, atendendo a própria unidade de saúde, além de outras seis instituições: Hospital do Retiro, Hospital do Idoso, Cais Aterrado, Hinja, Agência Transfusional de Piraí e Hospital de Pinheiral.
Foto: Redes Sociais