A Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgou nesta quinta-feira (18) orientações para profissionais da saúde – rede pública e privada – sobre a varíola dos macacos (monkeypox). As recomendações foram feitas em nova capacitação no auditório do UGB (Centro Universitário Geraldo Di Biase), no Aterrado.
Mais de 200 profissionais da área, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos e dentistas participaram do treinamento, que também atendeu profissionais de outras cidades da região Sul Fluminense, como Rio Claro, Itatiaia, Quatis e Piraí.
As orientações foram ministradas pelo médico sanitarista da SMS, Carlos Vasconcellos; pela enfermeira do departamento de Vigilância em Saúde, Milene de Souza; e pela responsável da Vigilância Epidemiológica, Tainã Bonfim.
O médico Carlos Vasconcellos reforçou que o atendimento a casos suspeitos da doença deve ser realizado, preferencialmente, nas unidades básicas de saúde (UBSs e UBSFs) da Atenção Primária.
“A Vigilância em Saúde deve ser comunicada imediatamente quando pacientes suspeitos de monkeypox derem entrada na rede pública ou privada”, disse.
Vasconcellos ressaltou que em Volta Redonda, até o momento, não há confirmação de nenhum caso. O cenário atual é de 13 casos notificados, dois descartados, e 11 sob investigação.
A varíola dos macacos é uma doença viral e sua transmissão pode ocorrer através de contato físico, inclusive sexual, ou com material corporal humano contendo o vírus. A doença também pode infectar as pessoas através de fluidos corporais, contato com a lesão ou contato indireto (objetos e superfícies) com o material da lesão.
De acordo com o Ministério da Saúde, a doença começa, quase sempre, com uma febre súbita, forte e intensa. A pessoa pode apresentar dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço e fundamentalmente o aparecimento de gânglios (inchaços popularmente conhecidos como “ínguas”), que podem acontecer tanto na região do pescoço, na região axilar, como na região perigenital.
A manifestação na pele é chamada de papulovesicular uniforme, que são feridas ou lesões pelo corpo. O período de incubação é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Quando a crosta desaparece, a doença não é mais transmitida.
“O diagnóstico inicial continua sendo clínico e para confirmação são necessárias amostras (swab da secreção ou raspado da lesão), devidamente identificadas ao Laboratório Central (Lacen-RJ), em caixa térmica exclusiva, sob refrigeração de 2º a 8ºC”, explicou Vasconcellos.
Do início dos sintomas até o resultado dos exames, o paciente deve manter isolamento social de 21 dias. Durante o isolamento todo material de roupa de cama, roupas, lençóis e objetos pessoais devem passar por um processo de higienização, de fervura, de lavagem com água e sabão para, dessa forma, impedir a transmissão. O tratamento da doença é baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e prevenir sequelas.
Fotos: Cris Oliveira -Secom/PMVR