O juiz substituto da 2ª Vara Criminal de Volta Redonda, Roberto Henrique dos Reis, relaxou a prisão do pedreiro Alison da Silva Corrêa, de 22 anos. Ele foi um dos presos da Operação Alcateia, realizada no final de outubro contra suspeitos de tráfico de drogas, provocando a reação de sua família e de amigos.
A informação foi confirmada ao site Foco Regional pela defesa do pedreiro, os advogados Vitor Oliveira da Silva e Samuel de Paula. Um pedido de habeas corpus também havia sido encaminhado pela defesa ao Tribunal de Justiça.
A prisão do rapaz levou a família a realizar, na semana passada, uma manifestação em frente ao Fórum de Volta Redonda, pedindo justiça. Sem passagens pela polícia, Alison foi preso com base numa conversa de WhatsApp entre um traficante e uma pessoa identificada como Zeca, apelido que a polícia atribui a Alison. No entanto, a família diz que o apelido é de Jarlan da Silva Corrêa, de 20 anos, irmão de Alison.
O próprio Jarlan firmou duas declarações em cartório confirmando ser Zeca seu apelido. Na segunda, inclusive, disse ser ele quem trocou as mensagens encontradas no telefone, que a polícia apreendeu em julho deste ano. “Reiterando minha declaração anterior, reafirmo que atendo pela Alcunha de ZECA e que as mensagens oriundas do terminal (número do telefone) são de minha autoria, pelo que assumo a responsabilidade pelos meus atos e registro que a associação de meu apelido (ZECA) a Alisson (meu irmão) é um engano que, lamentavelmente, levou um inocente à prisão”, diz um trecho da nova declaração.