O atendimento a um dependente químico de 41 anos, na noite da quinta-feira (11), terminou em confusão entre moradores do bairro Açude, em Volta Redonda, e militares do Corpo de Bombeiros. Pelo menos duas mulheres alegam ter sido agredidas pelos socorristas, após se revoltarem pela forma como o paciente, de 41 anos, foi imobilizado durante um surto na Avenida Glória Roussim Guedes Pinto. Em nota, os bombeiros afirmaram que não compactuam com atos violentos e repudiam veementemente crimes de qualquer natureza.
Imagens (veja abaixo) que circulam em redes sociais e que foram enviadas ao jornal mostram a confusão. A namorada do paciente, de 47 anos, contou à reportagem que, inicialmente, o Samu foi acionado, mas não teria conseguido conter o homem em surto por não dispor da medicação adequada. “O pessoal do Samu foi muito atencioso. Os bombeiros foram chamados, chegaram quase duas horas depois e nem perguntaram o que estava acontecendo, já foram jogando ele não chão, o que provocou a reação das pessoas”, disse a namorada. De acordo com ela, o paciente – “ele é forte” – resistia em ser levado pelos bombeiros.
Ainda segundo a versão da namorada do paciente, a tia dele contestou a forma como os militares tentaram dominar o homem e levou um soco na testa. “Ela está com um hematoma na testa e como medo de ir à polícia denunciar a agressão”, afirmou a namorada, que disse ter sido puxada pela blusa por um dos bombeiros, sendo jogada ao chão: “O que fizeram foi muita covardia, não precisava disso”.
No meio da confusão, um homem chegou a desferir um chute no caminhão dos bombeiros, que acabaram deixando o local sem que a vítima fosse levada ao Hospital Municipal Nelson Gonçalves (antigo Cais), no Aterrado. A Polícia Militar apareceu depois que o tumulto havia acabado e o usuário foi levado para casa.
Segundo sua namorada, ele já esteve internado numa clínica de reabilitação em Vassouras. No momento em que ela falou com a reportagem, ele estava em casa se queixando de dores no corpo e com febre, o que impediria seu encaminhado novamente à clínica.
O jornal entrou em contato com a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros no Rio, solicitando uma posição da corporação a respeito do ocorrido. A resposta não mencionou o tumulto, afirmando apenas que um procedimento interno será aberto para apurar a conduta dos militares em questão. Veja abaixo na íntegra a nota enviada pelos bombeiros.
Atualizada às 17h35min, para inclusão da resposta do Corpo de Bombeiros