O número de acidentes envolvendo motocicletas em Volta Redonda, este ano, já supera o total registrado no ano passado. Enquanto em 2020 foram 240 acidentes, este ano, de acordo com dados da Guarda Municipal de Volta Redonda (GMVR), já foram 312 – dado referente à segunda-feira (8).
São raros os dias em que acidentes envolvendo motos, geralmente em colisões com carros, não acontecem na cidade. Por outro lado, tem sido cada vez mais comum ocorrerem vários acidentes num mesmo dia. É raro também um acidente que não deixe o condutor da moto ferido, muitas vezes grave – quando não resulta em morte.
O comandante da GMVR, João Batista dos Reis, chama a atenção para um dado alarmante: “Em 80% dos acidentes os condutores não têm Carteira Nacional de Habilitação”. Para comprovar, ele apresenta outros números: enquanto no ano passado todo a GMVR fez autuou 251 pessoas por conduzirem moto sem habilitação, este ano – também até a segunda-feira – foram 334, ou seja, 33,06% a mais.
As condições de conservação das motos é outro problema. “Há muitas motocicletas que transitam pelas ruas da cidade com os pneus carecas, sem os retrovisores, com o equipamento do sistema de iluminação e de sinalização alterados”, diz Batista. Ele lembra que se o veículo não oferece segurança ao condutor, pedestres ou aos demais que estão em trânsito, pode ser recolhido ao Depósito Público Municipal, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
De acordo com dados do Detran, até outubro havia quase 19 mil motocicletas emplacadas em Volta Redonda – o número não leva em conta motonetas, por exemplo. E Batista confirma o que é fácil perceber nas ruas: “Com o aumento no preço dos combustíveis, aumentou também o número de motocicletas circulando”.
Criticada por suas ações de fiscalização, a GMVR não só tem mantido as operações como intensificado o trabalho. Segundo Batista, a intenção é tornar o trânsito mais seguro e, consequentemente, reduzir os acidentes e o número de vítimas. (Foto: Arquivo)