Volta Redonda passará a oferecer tratamento à base de canabinoides, a partir de 2023, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O assunto foi pauta de encontro no gabinete do prefeito Antonio Francisco Neto, na manhã desta sexta-feira (23) com a secretária municipal de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha, o secretário Municipal da Pessoa com Deficiência, Washington Uchoa, e o vereador Paulinho AP, autor da Lei Municipal Lei 6.085/2022, que prevê a oferta do tratamento pela rede municipal de saúde.
“Estamos entre os três municípios do estado que contam com lei semelhante e vamos trabalhar para sermos o primeiro a prescrever e fornecer o medicamento”, disse Neto.
De acordo com o médico sanitarista Carlos Vasconcelos, que faz parte da coordenação do projeto, a implantação do novo tratamento começa em janeiro próximo, com o cadastramento de pacientes que já fazem uso dos medicamentos à base de canabinoides, e com a capacitação dos profissionais da Secretaria de Saúde.
“Ainda vamos criar um protocolo para definir as prioridades para receber o tratamento, mas vamos seguir o previsto na lei que inclui os pacientes com epilepsia refratária, o Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Mal de Parkinson e o Mal de Alzheimer, que não respondem aos tratamentos convencionais”, disse Vasconcelos, acrescentando que a ideia é criar um formulário eletrônico para o cadastramento desses pacientes.
A secretária de Saúde reforçou que a capacitação dos profissionais que atuam na rede municipal também será uma das primeiras medidas a serem adotadas, antes da implantação do tratamento de fato. “Além disso, queremos firmar parcerias com as universidades da cidade e região para incentivar a formação de novos profissionais qualificados e incentivar o desenvolvimento de pesquisas nesta área”, disse Conceição.
O vereador Paulinho AP afirmou que fez a proposta para a Lei Municipal pensando nas pessoas que não podem adquirir, com recursos próprios, os medicamentos à base de canabinoides e também para ampliar a divulgação sobre os benefícios trazidos por estes remédios para pacientes que nem têm esse conhecimento. “É um tratamento caro para a maioria, mas que transforma a vida dos pacientes que não respondem aos tratamentos convencionais”. (Foto: Divulgação)