Proporcionar uma qualidade de vida melhor. Com esse objetivo, o Hospital São João Batista (HSJB) retomou, neste mês de maio, a artroplastia total de joelho e de quadril – cirurgias de substituição de articulação por próteses, que estavam paradas desde a gestão anterior e voltaram a ser realizadas pela unidade hospitalar, com recursos próprios do município. Um dos primeiros beneficiados foi o aposentado Haroldo Carvalho, de 67 anos, morador do bairro Jardim Amália II, em Volta Redonda. Segundo ele, a cirurgia do joelho realizada no último dia 28 foi bem sucedida.
“Agradeço ao Dr. Flávio e aos enfermeiros e enfermeiras, que são dedicados, muito atenciosos. A higiene da enfermaria é bem cuidada, além da alimentação muito boa. Parabéns a todos”, disse Haroldo, que já está em casa se recuperando.
O aposentado foi operado pelo ortopedista Flávio Reis, que também é diretor médico do hospital. Segundo ele, normalmente a artroplastia é realizada em casos de artrose avançada e em pacientes idosos, porque a cartilagem sofre um desgaste causado por problemas como fraturas antigas, lesão de menisco, ou simplesmente pela genética do paciente ao envelhecer.
“Normalmente são pacientes idosos, com comorbidades, ou seja, eles possuem outras doenças associadas e naturais da idade, como pressão alta, diabetes, alterações hormonais, e têm que ser muito bem preparados para essa cirurgia, para ser realizada de forma segura”, explicou o ortopedista.
A senhora Maria das Graças, 71 anos, moradora do Jardim Ponte Alta, também foi operada no dia 28 de maio e a filha, Ana Carla, conta que a mãe estava esperando pela cirurgia desde 2012.
“A situação só foi se agravando. Estamos muito felizes pelo pedido ter sido atendido, para ela ter uma qualidade de vida melhor. O Dr. Flávio é um profissional ímpar. Agora é só esperar a recuperação para ela voltar a andar, pois estava numa cadeira de rodas desse novembro de 2021”, explicou a filha.
Diretor geral do Hospital São João Batista, o vice-prefeito Sebastião Faria explica que as cirurgias foram interrompidas em 2017 e os pacientes eram encaminhados para o Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia) e para o Hospital Estadual de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu, em Paraíba do Sul.
“As pessoas ficavam aguardando um tempo enorme, pois os dois são de grande procura. Já fizemos duas cirurgias na primeira semana e a previsão é que até om fim do ano sejam feitas 50 cirurgias e joelho e 15 de quadril”, afirmou Faria.
Procedimento – De acordo com o ortopedista Flávio Reis, para realizar a artroplastia o paciente faz a consulta clínica pré-operatória, o risco cirúrgico pré-operatório, passa pelo anestesista no pré-operatório e, uma vez liberado para operar, entra na fila para marcar a cirurgia.
O diretor médico informou que uma equipe especializada foi montada e o procedimento é realizado fora do horário comum cirúrgico, para não atrapalhar o ritmo de cirurgias eletivas da unidade hospitalar.
“Normalmente, com uma evolução ideal, o paciente tem alta após dois ou três dias da artroplastia. Não é uma cirurgia que tem um pós-operatório doloroso, pelo contrário, o paciente sai aliviado, mas ainda não apto a voltar à vida normal. Tem todo um período de recuperação, tem que tirar os pontos, normalmente em duas semanas, e é encaminhado à fisioterapia. O tempo médio de recuperação, para voltar à vida normal, é de dois a três meses. O paciente se beneficia muito”, explicou Flávio.