A Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac), através do Departamento de Proteção Social Especial (Dpes), vem intensificando as ações para que as pessoas em situação de rua em Volta Redonda sejam reintegradas às suas famílias e à sociedade. De acordo com dados do Dpes, a nova administração municipal contabilizou 120 pessoas nessa situação no início de janeiro. Atualmente, a Smac tem registradas 72 pessoas nessa situação – uma queda de 40%.
Dessas 72 pessoas em situação de rua, 50 estão acessando os serviços do Centro Pop (alimentação, banho, roupas limpas, atendimento psicológico, oficinas, entre outros), e oito estão abrigadas no Albergue Municipal Seu Nadim (espaço de acolhimento provisório). Desde o início do ano, através do Serviço de Atendimento ao Migrante (SAM), 48 pessoas em situação de rua foram encaminhadas para suas cidades de origem.
“Além das abordagens rotineiras, a secretaria está atuando em conjunto com a Saúde e com um Comitê Gestor criado para cuidar de casos de pessoas em vulnerabilidade social, que cresceu em decorrência do atual cenário da pandemia do novo coronavírus”, explicou o secretário municipal de Ação Comunitária, Munir Francisco.
A secretaria de Ação Comunitária também conta com o Serviço Especializado em Abordagem Social, que teve sua ampliação discutida em uma reunião realizada em janeiro, com o objetivo de traçar metas para assistência às pessoas em situação de rua e ampliar a parceria da Smac com outras instituições.
O serviço promove busca ativa às pessoas em situação de rua, com objetivo de estabelecer vínculos de confiança para ingressarem na rede de proteção do município ou promover a reinserção familiar. Além disso, a equipe formada por assistente social, psicólogo e educador social faz a identificação dessa população; o mapeamento de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil e exploração sexual; uso substâncias psicoativas; assim como outras incidências.
“Pesquisas a nível nacional apontam que, na maioria das vezes, a pessoa vai morar nas ruas por conta de conflito familiar. A maioria perdeu os vínculos familiares e comunitários. O nosso grande objetivo é fazer a reintegração à família, ao território, ao bairro onde morava, fazer a resocialização dessa pessoa”, explicou a diretora do Departamento de Proteção Social Especial, Denise Alves de Carvalho, acrescentando que o perfil dessa população era, em média, de pessoas com idade acima dos 48 anos em anos anteriores, e atualmente a média está com faixa etária entre 18 e 48 anos.
Unidades e serviços
Além do Serviço Especializado em Abordagem Social, a secretaria de Ação Comunitária conta com uma rede de atendimento que contempla unidades como o Centro Pop. Localizado no bairro Aterrado, o local oferece às pessoas em situação de rua, alimentação, higiene pessoal, serviço de retirada de documentos, contato familiar, atendimento psicossocial, além de receberem encaminhamentos necessários à construção do Plano de Acompanhamento Individual ou Familiar.
Outra unidade é o Albergue Municipal Seu Nadim, localizado no bairro Nossa Senhora das Graças, e que conta atualmente com seis abrigados. É um espaço de acolhimento provisório para adultos munícipes em situação de rua, encaminhados pelo Centro Pop, a fim de resgatar os vínculos familiares, sociais e comunitários, assegurando a autonomia dos usuários. Para ingressar no abrigo, a Smac adotou um protocolo de saúde por conta da pandemia da Covid-19. O usuário faz exames – como teste Swab e Raio-X do pulmão – e fica um período em isolamento para tratamento e para evitar a propagação da doença, caso seja constatada tal necessidade…