A viúva do policial rodoviário federal Bruno Vanzan Nunes, de 41 anos, assassinado na tarde da quinta-feira (27), no Rio, estava falando com ele em uma ligação de vídeo quando o agente foi surpreendido pelos criminosos. Silvia Faria Nunes Vanzan, casada há 12 anos com o policial rodoviário, contou ao jornal Extra que, num dado momento, ouviu alguém gritar “sai logo”, e tiros em seguida.
“Eu não sabia se eram tiros realmente, problema na ligação ou se foi uma batida de carros”, afirmou Silvia, durante o enterro do policial, realizado tarde desta sexta-feira (28), no cemitério de Sulacap, no Rio, com a presença de cerca de 200 pessoas e homenagens de colegas.
Bruno era lotado na 7ª DPRF (Delegacia de Polícia Rodoviária Federal), em Resende. Ele estava na corporação havia 18 anos. Ele foi o primeiro colocado no concurso da corporação em 2004. Além da viúva, Bruno deixou dois filhos – de 21 e 8 anos de idade.
Silvia contou que, durante a ação, a câmera da chamada de vídeo foi desligada, mas ela continuou ao telefone. Depois de encerrar a chamada, ela não conseguiu mais contato com o marido e acionou um amigo, também policial rodoviário que trabalhava com Bruno.
Imagens divulgadas pela PRF (veja os vídeos abaixo) mostram que o carro de Bruno foi fechado por outro. É possível ver quatro homens correndo em direção ao veículo da vítima, que sai e parece reagir, sendo perseguido, momento em que caiu no vão da Transolímpica, já baleado.
Após a morte do policial, equipes da PRF foram à comunidade da Vila Kennedy, onde um veículo Kia Cerato – um dos usados no crime – foi encontrado abandonado. Nenhum criminoso foi preso. Informações do setor de inteligência e do Disque Denúncia indicam que havia um segundo carro envolvido no ataque, que estava no Complexo do Chapadão. Na operação, a PRF apreendeu duas pistolas, um carregador de fuzil e entorpecentes. A reportagem é do Extra.