As armadilhas fotográficas espalhadas pelo Parque Estadual Cunhambebe (PEC) registraram nos últimos dias três onças-pardas passeando pela área protegida. Um grupo de quatis também marcou presença. Os animais estavam seguros, em um local que não foi atingido pelas queimadas, na região de Mangaratiba. O parque abrange também territórios de Angra dos Reis e Rio Claro.
Natural da Mata Atlântica a onça-parda (Puma concolor), é uma das espécies que habitam o parque, mas só era “vista” de forma indireta, apenas com as evidências das pegadas. De acordo com o gestor do PEC, Ivan Cobra, a onça costuma ser um animal solitário, no entanto, no período reprodutivo, os casais podem ser vistos juntos.
Com as câmeras de alta resolução é possível capturar com precisão as imagens do felino e também as referências de geolocalização. Nesse caso, a hipótese é que os bichos estejam no período de pré-dispersão ou mãe com filhotes jovens, explicou Cobra.
Frequentadores assíduos do PEC, os quatis (Nasua nasua) fazem parte dos considerados superatletas das florestas. Possuem grandes habilidades motoras, sendo capazes de subir em árvores, se equilibrar em pequenos galhos, nadar e correr rapidamente. São importantes dispersores de sementes dentro dos ecossistemas nos quais vivem e mantém a estrutura das florestas tropicais em pé.
As câmeras de alta resolução (armadilhas fotográficas) são instaladas em pontos estratégicos para monitorar a fauna e a flora, os sensores registram a presença de diversas espécies e pessoas no território do parque, ajudando a mapear a biodiversidade e a identificar áreas que necessitam de proteção especial.
O PEC foi criado em 2008, com área aproximada de 38.053,05 hectares, divididos em 463 Km. A sede da Unidade de Conservação está localizada no Vale do Sahy, em Mangaratiba. O parque possui diversas trilhas e cachoeiras abertas para visitação. Além disso, abriga e protege rica biodiversidade de flora e fauna nativas da mata atlântica. (Imagens: PEC)