Distrito mais conhecido de Valença, Conservatória será tema de uma exposição organizada pelo Instituto Cultural Cidade Viva (ICCV). A diferença é que o processo criativo de construção da exposição é coletivo: vai se dar através de pesquisas históricas e iconográficas, mas principalmente por meio das pessoas que se interessarem em participar indicando “tesouros” da localidade que carreguem significados especiais.
“Conservatória – O meu lugar”, faz parte do projeto cultural “Vale do Café: conexões e patrimônio”, realizado pelo ICCV e vai, segundo os organizadores, mapear locais, práticas, manifestações e o jeito de ser e viver enraizados na memória afetiva de quem tem relação com o distrito. “Conservatória conquista o coração de quem passa pelo distrito. Mas existem tesouros que vão além dos pontos turísticos e se fazem presentes na vivência dos protagonistas dessa história: as pessoas que possuem laços afetivos com a localidade. E é por meio delas que queremos mostrar o que Conservatória guarda de mais especial”, diz Natale Onofre, presidente do ICCV e gestora executiva do projeto cultural.
Para participar, os interessados devem acessar a página https://institutocidadeviva.org.br/expoconservatoriaomeulugar/ e enviar um relato por texto, foto, vídeo e até áudio. O importante, segundo os organizadores, é explicar por que o que está sendo destacado é um tesouro de Conservatória. As memórias poderão ser compartilhadas pelo site do projeto até o dia 31 de março.
Ainda de acordo com a organização, a exposição será composta por painéis e a intenção é que fiquem no espaço Vila Harmônica, em Conservatória. A intenção é de, também, sinalizar na cidade os pontos mapeados como patrimônio afetivo. Ainda será produzido um vídeo com os depoimentos, que será disponibilizado no site da exposição. Os relatos serão a base do conteúdo a ser elaborado nos painéis.
“As cidades do Vale do Café enfrentam o desafio de preservar suas tradições e valorizar suas riquezas históricas, a fim de gerar mais desenvolvimento e promover a economia criativa através do turismo cultural. E, por meio dessa ação, reforçamos o esforço entre poder público, setor privado e sociedade civil, em busca de ideias e soluções que potencializam a cultura fluminense no interior”, afirma a secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Danielle Barros.
A iniciativa conta com a parceria técnica do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). “A memória possibilita ao ser humano relembrar situações vivenciadas, construir ou reconstruir passagens importantes que marcaram sua história ou a de outras pessoas. Quando compartilhamos a memória, saímos do individual para o coletivo e, assim, fortalecemos os laços de uma comunidade”, destaca Ana Cristina Carvalho, diretora do Inepac. (Foto: Divulgação / IVVC)