Pelo segundo dia consecutivo, trabalhadores da CSN voltaram a se manifestar contra a empresa. Na manhã desta quarta-feira (6), em sua assembleia no interior da Usina Presidente Vargas, eles criticaram o que consideram baixos salários e, agora, a proposta inicial da empresa para o acordo coletivo. Mais uma vez, o foco das manifestações está concentrado na GMC (Gerência de Manutenção Central), porém com muitos mais metalúrgicos do que na manifestação da terça-feira (5).
“Ou melhora [a proposta] ou para tudo”, diz um operário com o uniforme da empresa, sendo aplaudido pelos demais. Em seguida, ele pede às pessoas para que “parem de filmar, porque está expondo muita gente”. O ato foi finalização com os trabalhadores orando Pai Nosso.
Trabalhadores que participam do movimento asseguram que as manifestações são espontâneas, desconsiderando o Sindicato dos Metalúrgicos – que até o momento desta publicação não havia se manifestado a respeito – e também membros da oposição sindical.
Na terça-feira, depois do ato registrado pela manhã, a CSN encaminhou ao sindicato a proposta para o acordo coletivo de trabalho. O reajuste oferecido é de 8,1% para quem recebe até R$ 3 mil e de 5% para quem recebe acima deste valor. A siderúrgica propõe ainda recarga de R$ 400 em maio e dezembro no cartão-alimentação e uma carga extra de R$ 700 em maio, a título de banco de horas.
A proposta também contempla o piso salarial com reajuste de 4% e uma bonificação de 1,9 salário, já que não houve definição de metas e critérios da PPR (Programa de Participação nos Resultados). Há dois anos os trabalhadores da siderúrgica estão sem reajuste. Em março, o grupo CSN anunciou lucro recorde atribuído aos acionistas de R$ 13,6 bilhões. (Foto: Redes sociais)