A torcida do Volta Redonda está ressabiada. Nos dois primeiros jogos do time na Série B, o mau futebol apresentado, resultando em derrotas, levanta questionamentos quanto à capacidade da comissão técnica e do elenco de reagir para conseguir, ao menos, se manter na segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
A desconfiança não é só pelos resultados, mas pelo baixo desempenho do time. Em casa, contra o Cuiabá, e no sábado (12), contra o Novorizontino, viu-se um time sem inspiração, praticamente inofensivo, incapaz de incomodar o adversário.
Na coletiva após o jogo disputado em Novo Horizonte (SP), o técnico Rogério Corrêa minimizou a preocupação. Para ele, o time necessita de ajustes, mas também está pagando pela falta de entrosamento dos novos jogadores que foram incorporados para a disputada competição.
Ele elogiou o desempenho do sistema defensivo e considerou que a vitória foi determinada por um pênalti que, em sua opinião, não aconteceu (a bola bateu no braço do zagueiro Fabrício num lance de ataque do Tigre). “Estávamos bem defensivamente”, afirmou o treinador, considerando que o árbitro “foi rigoroso” na marcação da penalidade.
Ele admite que o time tem que “qualificar as ações”, mas ponderou que jogadores como Yanaiã, Hyuri e Lucas Tocantins disputaram apenas a segunda partida pela equipe, justificando a falta de entrosamento. Para Rogério, quando o entrosamento melhorar e o time conquistar a primeira vitória, “as coisas vão acontecer naturalmente”.
O treinador apontou ainda que a Série B de agora é diferente da de 27 anos atrás, com equipes mais qualificadas. Lembrou que, na primeira rodada, jogando fora de casa, o Novorizontino arrancou um empate com o Avaí, em Florianópolis.
Para o jogo da quinta-feira (17), contra o CRB, em Maceió, o técnico diz que vai “estudar o adversário”, prevendo mais um jogo com muitas dificuldades: “Jogar lá é sempre complicado, mas acho que estamos numa crescente. É uma questão de ajustes. Vamos dar a volta por cima”. (Foto: Reprodução)