Policiais civis de Porto Real prenderam em flagrante, nesta segunda-feira (11), em Volta Redonda, uma técnica de enfermagem de 31 anos suspeita de ser uma das maiores distribuidoras de um medicamento abortivo no estado do Rio. O remédio, que não tem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) era oferecido através de redes sociais e, muitas vezes, enviados pelos Correios para as compradoras.
A ação contou com o apoio do setor de inteligência dos Correios. A prisão foi feita no momento em que a técnica despachava na agência do Aterrado 21 encomendas do produto. Depois, os policiais foram até a casa da técnica, na Rua Suriname, na Vila Americana, onde foram encontrados 819 comprimidos e 511 blisters vazios, cada um com capacidade para 10 pílulas.
O delegado de Porto Real, Michel Floroschk, revelou que as investigações tiveram início há cerca de dois meses, quando uma mulher procurou a delegacia para denunciar que a filha havia tomado o medicamento. “Esta prisão em flagrante é um procedimento que começa e encerra hoje, mas temos uma investigação maior, que apura o comércio desta substância e distribuição para outras cidades e estados”, disse o delegado.
Segundo ele, a técnica foi indiciada por crime contra saúde pública e poderá ainda ser responsabilizada criminalmente pelos abortos realizados. “Ela prestou auxílio material para que os abortos fossem praticados”, frisou Floroschk. (Foto: Polícia Civil)