Suspeito de matar pai de ex-prefeito de Vassouras é denunciado

A Promotoria de Justiça Criminal de Vassouras denunciou, nesta quarta-feira (11), o suspeito pelo homicídio duplamente qualificado de Nilton Gonçalves de Oliveira, no dia 5 de setembro de 2021, em uma praça na Rua Barão de Vassouras, no Centro de Vassouras. Na ocasião, câmeras de segurança flagraram o crime. Nilton foi morto com três tiros à queima-roupa, todos na região da cabeça, quando estava em uma mesa com duas mulheres. A vítima era pai do ex-prefeito da cidade, Renan Vinícius Santos de Oliveira.

A denúncia destaca que a vítima estava sentada quando o denunciado se aproximou por trás e efetuou o primeiro disparo, na altura de sua nuca, fazendo com que Nilton caísse da cadeira, sem qualquer possibilidade de reação. “Não satisfeito, o assassino ainda efetuou mais dois disparos de arma de fogo a curta distância contra o rosto da vítima, fugindo em seguida com o auxílio de um veículo que possuía placa clonada”, destaca o MPRJ na denúncia.

“O crime foi praticado com recurso que dificultou/impossibilitou a defesa da vítima, na medida em que o denunciado chegou pelas suas costas e efetuou um disparo de arma de fogo, e com meio cruel, na medida em que o denunciado, após desferir o primeiro disparo, ainda desferiu dois disparos contra o rosto da vítima a curta distância enquanto ela se encontrava caída no chão (o que causou-lhe múltiplas lesões no crânio)”, diz a denúncia encaminhada à 2ª Vara Criminal de Vassouras.

A identificação da autoria do crime foi possível graças à ação da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Com o auxílio de ferramentas tecnológicas, a unidade comparou as imagens do crime com vídeos do denunciado, que atualmente se encontra preso, cedidas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Com base nos indicadores biométricos colhidos, foi constatado que os componentes biomecânicos e cinéticos da maneira de andar do denunciado, além dos elementos do seu perfil morfológico, são idênticos aos do autor do crime. (Foto: Reprodução / Arquivo)