A esporotricose é uma doença causada por fungo que pode afetar humanos e diversas espécies de animais, cuja manifestação característica é o aparecimento de feridas na pele e nas mucosas dos olhos, nariz e boca. Em Volta Redonda, os exames de diagnóstico, controle e tratamento da esporotricose em humanos são realizados pelo CDI (Centro de Doenças Infecciosas), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Um levantamento do CDI mostra que ao longo deste ano foram confirmados 29 casos da doença em pessoas, representando um aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano passado.
O CDI também está sempre em contato com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), para que os tutores de animais, especialmente de gatos, fiquem atentos quanto à prevenção e ao diagnóstico da esporotricose em seus animais, que acabam transmitindo a doença para os humanos. O Centro de Controle de Zoonoses auxilia o tutor do animal contaminado com as informações para a correta condução da doença. O CDI conta com uma dermatologista especialista para esses casos.
O farmacêutico-bioquímico e coordenador de doenças infecciosas do CDI, Diogo Antônio de Oliveira, explica que a esporotricose é uma micose causada pelo fungo da espécie Sporothrix schenckii, que habita a natureza e está presente no solo e na vegetação.
“A infecção ocorre geralmente por meio do contato direto com o fungo, mediante arranhões ou mordidas de animais contaminados. A falta de conhecimento é um dos principais fatores agravantes. Desse modo, a disseminação de informações para a população é um ponto fundamental para o seu controle”, disse o coordenador.
Quais os sintomas em humanos?
Os sintomas da esporotricose em humanos caracterizam-se principalmente por: lesões cutâneas fixa, disseminada ou linfocutâneas ou lesões extracutâneas classificadas como ocular, ostearticular, em mucosas, pulmonar, neurológica, entre outras. Os ferimentos são feios, podem ser fundos e dolorosos.
Quais os sintomas em animais?
Os sinais e sintomas nos animais infectados consistem em: lesões ulceradas na pele ou mucosa com evolução rápida, apresentando ou não sinais respiratórios, tais como dificuldade para respirar, espirros, assim como gânglios linfáticos inchados e lesões em cartilagens e ossos. A doença também poderá se apresentar na forma assintomática.
Como prevenir esporotricose em animais?
O ideal é que os animais domésticos não saiam de casa, evitando assim que contraiam esta ou outras doenças e as transmitam, tanto para humanos como para outros animais. A castração é a melhor forma de prevenção, para evitar briga com outros animais, superpopulação e manter o animal longe de locais que possam estar contaminados.
Tratamento
A porta de entrada para o tratamento de humanos é através das unidades básicas de saúde, que estão habilitadas a identificar a doença, encaminhar para o CDI e até mesmo começar o tratamento.
Nos casos de arranhadura ou mordida, a primeira coisa a fazer é lavar exaustivamente o local do ferimento com água e sabão. Caso tenha sido respingado pela saliva do animal na face ou nas mucosas é recomendada a lavagem exaustiva do local com água ou solução fisiológica. Logo em seguida, procure por atendimento médico.