A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira (19) mandados de busca e apreensão em endereços do ministro Ricardo Salles e no Ministério do Meio Ambiente. Segundo a PF, a ação tem como objetivo apurar crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando, que teriam sido praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.
Ao todo, foram expedidos 35 mandados a serem cumpridos no Distrito Federal, São Paulo e Pará, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal. A decisão também suspende um despacho do Ibama, de 2020, que, de acordo com a PF, permitia a exportação de produtos florestais sem a necessidade de emissão de autorizações.
O despacho teria sido elaborado a pedido de empresas com cargas apreendidas no exterior e resultou na regularização, segundo a PF, de cerca de oito mil cargas de madeira ilegal.
A operação foi batizada de Akuanduba, divindade dos índios Araras, que habitam o Pará. Segundo a PF, a apuração teve início em janeiro com base em informações enviadas por autoridades de outros países sobre possíveis desvios de conduta de servidores públicos durante o processo de exportação de madeira.
Até o momento desta publicação Ricardo Salles e o Ministério do Meio Ambiente não haviam se posicionado.